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De acordo com a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas relacionadas à Copa do Mundo devem movimentar aproximadamente 1,48 bilhão de reais, dado que indica um aumento de 7,9% em relação à Copa passada. Para os vendedores ambulantes, que se encontram nos semáforos, ruas e praças, é uma possibilidade de ampliarem suas vendas e aumentarem seu lucro. Capitais do país inteiro têm suas ruas tomadas pelas cores da bandeira e, em Goiânia, não poderia ser diferente.
Carlos Alberto Aidar, também conhecido como Carlão, de 62 anos, montou seu ponto de vendas em frente à Praça Wilson Salles, no setor Nova Suíça, e concedeu uma entrevista para o LN sobre seu trabalho.
LN: Sabemos que durante esse período de eleições e Copa do Mundo a busca por camisetas do Brasil tem aumentado. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que as vendas relacionadas à Copa arrecadaram cerca de 7,9% a mais em relação ao mesmo período em 2018. Então, como estão as vendas? Quando o senhor montou o seu ponto de vendas?
Carlos Alberto: Montei o ponto aqui dia 17 de outubro. As vendas estão boas, mas na época das eleições vendeu mais. Por conta do verde e amarelo da política, da bandeira.
LN: Quantas camisetas em média o senhor costuma vender por dia?
Carlos Alberto: Não tenho uma noção de quantas camisetas eu vendo por dia, porque às vezes eu vendo chapéu, às vezes eu vendo bandeira. Tem dia que vende trinta, tem dia que vende 10. O que mais vende normalmente são as camisetas.
LN: Essa é a primeira Copa do Mundo que o senhor trabalha com isso? Muitos vendedores ambulantes trabalham apenas em épocas sazonais para garantir extra. Seria esse o seu caso?
Carlos Alberto: Na verdade, eu trabalho nesse ramo desde os 10 anos de idade. Não era camisa, naquela época era bandeira, fita, chapéu, faixa, era o que vendia. Hoje esse trabalho é uma renda extra, já foi o que mantinha a casa. Eu sempre trabalhei como empregado, registrado. Trabalhava também na porta de estádio, mas parei já tem 5 anos.
LN: Quais as principais dificuldades que o senhor já enfrentou como vendedor ambulante?
Carlos Alberto: Já passei por várias. A prefeitura não dava autorização, a fiscalização não aceitava. Mais recente, quando começaram a fazer as camisetas, de um tempo pra cá, eles começaram a proibir, a não aceitar, porque é imitação. E agora, fora Copa, as vendas praticamente caíram por causa das torcidas organizadas, violência. Foi por isso que saí do estádio. Aí eu só trabalho na Copa, de quatro em quatro anos, eu só coloco o ponto aqui. Aqui já tem uns 20 anos.