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Campeonato democratizou o acesso ao esporte e à cultura

A Taça das Favelas, organizada pela Central Única das Favelas (Cufa), já conta com mais de 8 edições realizadas desde 2012 e está com uma nova temporada em 2022, após dois anos sem ser realizada por conta da pandemia de Covid-19. Em Goiás, os torneios começaram sábado (20), às 8h, no estádio Plínio José de Souza, em Senador Canedo.

Foram inscritas mais de 300 equipes para a edição de 2022, mas apenas 61 seleções na categoria masculina e 19 na categoria feminina foram aprovadas para disputar o campeonato e estão representando 80 comunidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Região Metropolitana.

Essa competição tem uma importância muito grande para a comunidade periférica, já que o sonho de ser jogador é de milhões de brasileiros e muitos não têm uma oportunidade de estar ali em campo, principalmente para as meninas que têm essa vontade.

O futebol feminino é sempre algo bom de se falar por que envolve a resistência, o preconceito, a igualdade e tabus quebrados, e com a taça das favelas não é diferente. Já há equipes femininas campeãs do campeonato, como em 2021, com a equipe Carolina Parque levando a melhor com o placar de virada por 4 x1 em cima do Residencial Itaipu.

Para Daniella, jogadora pelo time Morada do Morro, o torneio é muito importante para que as pessoas tenham visão da força das mulheres e que futebol também é lugar de mulher. ´´É muito importante para a sociedade ter visão de que mulheres também têm lugar no futebol. O futebol feminino não é tão visível e é muito desvalorizado em relação ao masculino“, comenta a atleta.

Ainda há uma grande caminhada para o futebol feminino ter a mesma igualdade em relação ao masculino, por que ainda assim existem preconceitos, não se vê futebol feminino em emissora aberta, sempre foi algo ocultado.

A atleta Daniella falou sobre isso também, por que não há uma forma de mudar isso da noite para o dia, mas há sim formas de conscientizar e aprender essa importância. ´´Muitos acham que mulheres jogam apenas por exposição, por isso o jogo feminino não é levado a sério, mas a Taça das Favelas vem abrindo muitas portas para meninas conseguirem entrar em um time bom, e tentamos sempre como atletas, quebrar essa barreira para que a próxima geração, cultive com muito respeito tudo o que estamos fazendo“, declara.

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