- A liberdade de um Pássaro - 21 de agosto de 2023
- Entendendo a Revolução com os Bichos - 28 de julho de 2023
- O GRITO DE DESESPERO: O desmatamento do Cerrado acontece em silêncio - 21 de junho de 2023
Possivelmente você já ouviu falar no fenômeno das redes sociais “Mc Pipokinha“, conhecida por suas roupas extravagantes, músicas com palavrões e suas danças sensuais. Ela está sempre nas principais páginas de fofoca por causar polêmicas que escandalizam os usuários, e por conta disso recebe mensagens com conteúdos de ódio, opiniões alheias, apontamentos e até ameaças.
Mas isso não passa de uma estratégia de marketing usada por diversos influenciadores para manter seu nome em destaque no mundo virtual. No fim, todas essas mensagens, o algoritmo entende como interação, que se transforma em dinheiro ou fama nas redes. Segundo o Estadão, o algoritmo na vida real é uma fórmula matemática, uma sequência de passos para resolver um problema ou chegar em um determinado lugar, no contexto da internet, o termo é usado para se referir a processos automatizados de decisão.
Desta forma, tudo é mediado conforme as nossas experiências nas plataformas, toda hora passamos por vários registros: do que você curtiu, comentou, compartilhou, viu mais de uma vez. Para Paulo Macedo, a polêmica é a prática de provocar disputas e causar controvérsias em diversos campos discursivos, isso porque a polêmica geralmente remete à briga, discórdia, treta, o que costuma ser muito bom para o engajamento e ainda pode alcançar pessoas de diversas bolhas diferentes.
E tudo isso, de acordo com o Estadão, pode colocar o criador em uma encruzilhada perigosa: produzir o que dá muita visualização e engajamento, pode ser pouco prazeroso e mentalmente exaustivo. Em um universo quase impossível de não se fazer parte, se não fosse a Pipokinha, outras pessoas usariam essa arma como instrumento para influenciar e destilar ódio.
Marketing como esse pode ser passageiro e sumir rapidamente quando surge outro assunto polêmico, mas corre o risco também de ser lembrado e virar estereótipo vinculado eternamente à figura do influenciador. Hoje Doroth Helena de Souza Alves é a “Mc Pipokinha” e, mesmo saindo das redes sociais, a estratégia agressiva que usou para chegar à fama e ter dinheiro vai ficar vinculada a ela por muito tempo e até na vida real.
Mas até que ponto essa estratégia pode ser positiva? A Mc Pipokinha entende mesmo disso? Ela já foi citada por ofender diversos grupos, como falar que ganha mais que os professores, ou zombar de algo sério que é o desaparecimento de pessoas. Esse tipo de marketing pode até trazer resultados financeiros, todavia pode ser cruel para a saúde mental desses influenciadores que precisam aguentar toda essa carga negativa e para as pessoas que têm um gatilho despertado quando se deparam com uma chuva de informação sobre o comportamento de alguém.