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IGOR RODRIGUES CHAVES

O tempo é um bem precioso na vida das pessoas. No dia a dia, as pessoas buscam ao máximo, ter mais tempo. Mais tempo para passar em família; mais tempo para utilizar o celular; mais tempo para as suas obrigações; mais tempo para dormir; mais tempo para descansar; mais tempo para trabalhar. Enfim, ter mais tempo.

Durante o meu deslocamento para a faculdade, me deparo com uma reclamação ao motorista do ônibus, por conta da velocidade que dirigia na avenida: “anda mais rápido, motora”. As perguntas que a gente deve fazer é: por que tanta pressa? Por que essa necessidade de ter mais tempo?

No decorrer dos anos, o que a gente percebe é que surgem cada vez mais opções e afazeres na vida das pessoas. O mundo age para que se preocupem cada vez mais com o tempo, ou por questões que causam a dispersão na vida das pessoas, como por exemplo, as redes sociais. 

O mundo oferece uma possibilidade tão grande de opções que as pessoas parecem não conseguir escolher. Não conseguem se organizar. Na mesma medida, cobra cada vez mais questões. Seja a necessidade de ser uma pessoa mais “estudada”, ser mais influente ou, em alguns casos, para conseguir viver. 

O tempo parece ser algo simples ou banal. Mas a gente percebe no dia a dia que não é. Poderia dizer que é necessário se controlar para ajustar o tempo. Mas não. É indispensável que a gente reflita  sobre essa necessidade de tempo, de que as coisas sejam mais rápidas. É preciso pensar o porquê do tempo influenciar a nossa vida.

Quando estava voltando para casa, em um semáforo da avenida, vi um motociclista furar o sinal vermelho e por pouco não ser atingido pelo ônibus em que havia acabado de entrar. Talvez fosse a pressa; talvez a necessidade de chegar rapidamente ao destino. Talvez fosse o tempo. Mas a que preço? Será que a pressa poderia ser tão grande a ponto de arriscar a própria vida?

A gente precisa parar o tempo às vezes e pensar: será que vale a pena? Será que vale a pena a gente se matar de trabalhar? Será que vale a pena a gente medir nossas ações a partir da perspectiva e visão do outro? Para mim, a resposta é não. E eu iria além, diria que pra você a resposta também deveria ser não. Às vezes a gente precisar pensar mais na primeira pessoa do que na segunda.

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