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Estudante de jornalismo e deficiente visual, Pedro Paulo Lemes, de 20 anos, é apaixonado por esportes e destacou-se recentemente por realizar narração e reportagens no projeto de extensão Doutores da Bola, da Rádio Universitária da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O esporte e a comunicação
Pedro Paulo sempre foi apaixonado por esportes, seja como praticante ou como telespectador, e apesar da deficiência visual, o jovem foi estimulado desde muito cedo a praticar e assistir variadas modalidades esportivas, como futebol, basquete e futebol americano, o que o levou a buscar alguma área profissional para trabalhar com sua paixão:
“Desde moleque, eu já gostava muito de esportes, e sempre acompanhei várias modalidades, além de já ter praticado muita coisa, então sempre foi uma coisa com a qual eu quis trabalhar.“
Após ser convidado para criar conteúdo em um site de futebol americano, o jovem também começou a participar de podcasts e programas de rádio, percebendo assim a possibilidade de debater acerca de sua paixão. Assim, Pedro despertou seu interesse pela comunicação, que unido à paixão pelo esporte, o levou ao jornalismo:
“O esporte sempre foi uma coisa com a qual eu quis trabalhar, mas eu não sabia exatamente com o que, se na educação física ou na fisioterapia. Em 2020, fui convidado para fazer parte de um site de futebol americano e foi ali que eu comecei a produzir coisas sobre esporte e conheci mais a parte de comunicação. Eu comecei a fazer podcast e logo me chamaram para fazer parte de uma rádio. Então foi ali que eu comecei na comunicação, justamente por causa do esporte. Mas o esporte veio até antes da comunicação.“
O começo na narração
A narração na vida de Pedro surgiu como algo espontâneo. Apesar de narrar o jogo de seus amigos e irmãos quando mais novo, sua prioridade na comunicação nunca foi a locução esportiva, que surgiu ao acaso em sua vida:
“Eu jogava muita bola com amigos e com os meus irmãos, e a gente sempre ficava narrando um pouco do que estava acontecendo. Mas eu nunca quis ser narrador. Contudo, a oportunidade apareceu. A primeira narração foi de um jogo de futebol americano entre em que o narrador principal tinha machucado o braço e pra gente não ficar duas semanas sem transmissão, eu resolvi narrar. Ali foi a primeira narração que eu fiz e não foi nada muito programado para realmente começar a narrar.“
“Aconteceu meio no susto, então foi mais a adaptação de me acostumar com a função. Geralmente, eu ando com fone a mais, e às vezes eu fico até com um terceiro fone para poder pegar estatística tal. Uma dificuldade foi pegar o ritmo da coisa.“
O futuro no jornalismo
Projetando o futuro profissional, Pedro espera seguir carreira no jornalismo esportivo, seja como locutor, seja como repórter. Contanto que seja na área do esporte, o jovem se encontra determinado a seguir na comunicação:
“Eu quero seguir nessa área, porque eu entrei no curso por conta do esporte. Então eu quero seguir em alguma coisa voltada a área do jornalismo esportivo, não sei se na locução, talvez na área da reportagem. Mas também estou aberto a outras oportunidades, contanto que sejam na área do esporte.”