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Na atmosfera mágica que envolve o Natal, há pessoas que encarnam o espírito festivo de maneira extraordinária. Um desses indivíduos especiais é Alírio Custódio, que dedica seu tempo e energia para se transformar no icônico Papai Noel durante a temporada natalina. Vestindo o traje vermelho e branco e encarnando o máximo possível do espírito natalino, Alírio assume o papel de símbolo da generosidade e alegria. Em entrevista ao Lab Notícias, ele entra em detalhes sobre sua carreira interpretando o bom velhinho.

Lab Notícias: há quanto tempo você se fantasia como Papai Noel?

Alírio Custódio: Desde o Natal de 2011, há 12 anos atrás.

LN: De onde veio a vontade ou a inspiração para que se dedicasse a esse trabalho?

AC: Pessoas que trabalhavam na área, me “intimaram” sob a alegação de que eu teria um perfil original.

LN: O senhor já participou de alguma ação social que visasse atender crianças em vulnerabilidade social, que muitas vezes não têm condições de ganhar algum presente de seus familiares, ou que estivessem hospitalizadas, por exemplo? Se sim, como foi?

AC: Sim, trabalhei em torno de 30 anos como voluntário, assistindo pessoas carentes. No trabalho de Papai Noel, visitei diversas entidades entregando presentes, como ,por exemplo, uma visita voluntária ao Hospital Araújo Jorge, de Goiânia.

LN: Como Papai Noel, ao seu ver, qual a missão e a importância dessa figura no imaginário e no lúdico das crianças?

AC: O Papai Noel representa a magia do Natal. É quando temos a oportunidade de passarmos mensagens positivas para as crianças e adolescentes, mostrando que cada um deles pode um dia conseguir realizar os seus sonhos, através de seus esforços.

LN: No atual momento de ondas de calor que estamos, a fantasia, que geralmente é pesada e muito quente, causa algum tipo de incômodo?

AC: Aparentemente esta é uma preocupação de muitos que gostam do nosso trabalho. Nem percebo as variações climáticas quando estou trabalhando, e olha que eu ainda trabalho com camiseta de mangas compridas e um short de comprimento até ao joelho por baixo da roupa de Papai Noel.

LN: Em média, quantas horas por dia o senhor fica fantasiado e recepcionando crianças?

AC: Eu costumo fechar contrato com seis horas trabalhadas por dia, e ainda assim com um intervalo de 50 minutos, dentro das seis horas combinadas.

LN: E, para finalizar, qual o pedido mais inusitado e emocionante que alguma criança já fez a você?

AC: Ao longo de mais de uma década nesse ramo, eu já ouvi diversos pedidos que me marcaram muito. Dois exemplos que eu posso citar são uma criança de aproximadamente sete anos de idade me pediu para que “a mamão gostasse de mim”, e uma outra criança, nessa mesma faixa etária, pediu a cura do câncer do tio dela. São quantidades infinitas de pedidos surpreendentes!

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