- O animal de estimação que manda em casa. Sim ou sim? - 28 de novembro de 2024
- Coletânea de Natal Netflix 2024- Filme Sintonia de Natal - 7 de novembro de 2024
- Aquecimento Global: urgência de ação e desafios para o futuro - 30 de outubro de 2024
A nossa sociedade ainda é leiga no que diz respeito à ajuda de animais em tratamentos ou apoio emocional, sendo o nosso conhecimento ainda de forma rasa sobre Cão guia e Equoterapia ,e esse conhecimento se torna nulo quando se trata da utilização de animais para oferecer assistência emocional.
Uma nova modalidade de tratamento que está crescendo a cada dia é a Terapia Assistida por Animais(TAA), que tem como definição proporcionar alívio emocional a pessoas com deficiência psiquiátrica por meio do companheirismo animal. São conhecidos como cães de assistência emocional.
Elaine Bezerra que é mãe de humanas e de pets, esposa e voluntária que se disponibiliza para cuidar e treinar animais para TAA, falou ao Lab Noticias sobre essa nova modalidade de tratamento e um pouco de suas diferenças.
Renata: Qual a diferença de Cão guia para Cães de Assistência ?
Elaine Bezerra: A diferença entre cão guia e de assistência é sobre sua função de trabalho. O cão guia, por ser os olhos de alguém, torna-se um cão de comportamento mais sério, com zero distrações, principalmente com humanos e tudo ao seu redor. E o índice de aproveitamento no Brasil ainda está abaixo do esperado. Por isso o cão de assistência se tornou útil para continuar como cão de trabalho, mas em outra função.
Como é feita a escolha desse animal para se tornar um cão de assistência, em especial no Estado de Goiás ?
Elaine Bezerra: Em 2019 assumi como voluntária a função de gestora de filhotes, que se refere a gerir os cães em fase de socialização, com a função de desde o nascimento fazer o preconizado pela Federação Internacional de cães guias, que se trata da parte de dessensibilização, socialização, inclusão em famílias socializadoras e acompanhamento desse filhotes até a fase decisiva de ser ou não apto a se tornar um cão guia.
A partir daí, pude perceber que o cão que não se graduava para ser cão guia tinha muitas possibilidades de ser cão de assistência, principalmente pela docilidade e aptidão natural em servir. E aí então surgiu o reaproveitamento desses animais, até iniciarmos nosso próprio plantel.
Renata: No que diz respeito à Terapia Assistida por Animais (TAA), como é realizada e qual é o resultado que se espera?
Elaine Bezerra: A terapia assistida por animais é uma terapia onde o animal atua como co-terapeuta, com profissionais diversos, como por exemplo a fonoaudióloga, no incentivo da fala e da verbalização; a fisioterapeuta com mobilidade e atividades físicas; a Terapeuta Ocupacional e atividades de práticas de vida diária… Enfim, o cão se enquadra como um auxiliar para despertar nas terapias um interesse lúdico e também um fator relaxante que distrai as dores e tensões nos momentos terapêuticos.
É realizado de várias maneiras, como em clínicas como acompanhante terapêutico, e tem também os cães que são entregues para as pessoas com deficiência para auxiliar no dia a dia, em todos os locais e momentos.
Para a sociedade, é de suma importância o conhecimento e empatia , pois aumentar o índice de pessoas deficientes assistidas por animais de trabalho faz uma sociedade mais justa, igualitária e principalmente inclusiva.