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OTAVIO AUGUSTO RIBEIRO

A BR-153, a rodovia conhecida como Belém-Brasília, tem um trecho especialmente letal na região metropolitana de Goiânia. Somente em 2024, mais de 20 motociclistas perderam a vida entre a capital e Aparecida de Goiânia, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No mesmo período, foram registrados 280 acidentes e 263 feridos.

Os riscos na rodovia não são recentes. Nos últimos cinco anos, 57 motociclistas morreram ao longo dos 30 quilômetros da BR-153 que cruzam Goiânia, trecho que concentra 45% dos acidentes envolvendo motos no estado. As principais causas são o tráfego entre corredores de veículos (37%), alta velocidade (20%) e desatenção (16%).

2025 sangrento

O ano mal começou e já não deu trégua. Nos primeiros 50 dias de 2025, 12 motociclistas já morreram no trecho goianiense da BR-153, além de 50 acidentes e 43 feridos registrados. Para tentar conter a escalada de mortes, a PRF reforçou a fiscalização, apreendendo mais de 120 motocicletas por irregularidades, desde pneus carecas, documentação vencida e condutores sem habilitação – muitos deles menores de idade.

Operação Carnaval

Para tentar reduzir os acidentes nas rodovias federais de Goiás, a PRF lançou a Operação Carnaval, com fiscalização reforçada em todo o estado. No ano passado, 93 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool, e o período carnavalesco registrou 39 acidentes. Neste ano, a meta é combater a embriaguez ao volante e reduzir o número de acidentes. 

Anel Viário

Uma das promessas para desafogar a BR-153 é o Anel Viário de Goiânia. O projeto foi idealizado em 1996, e agora, três décadas depois, há novos investimentos anunciados pelo prefeito Sandro Mabel. A Lei Orçamentária Anual de 2025 prevê R$ 304,8 milhões para infraestrutura viária urbana na região metropolitana, mas a construção completa do Anel Viário está orçada em cerca de R$ 1 bilhão.

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