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Amanda Chaves, estudante de jornalismo do quarto período da Universidade Federal de Goiás (UFG), comenta sobre sua relação inicial com o Jornalismo e a cultura popular, o que juntos, foram a base para sua decisão em se enveredar para o Jornalismo Cultural.
Afinal, o que é Jornalismo Cultural?
É a vertente do Jornalismo dedicada e especializada em cobrir o que está relacionado com a arte e o entretenimento no geral. Se relaciona com diversas manifestações culturais, seja cultura local, nacional ou internacional, como música, teatro, artes plásticas, cinema, literatura, folclore e entre outros.
LAB NOTÍCIAS: Primeiramente, quando começou a sua história no jornalismo?
Amanda Chaves: Minha história no jornalismo começou meio que de paraquedas. Eu precisava de um curso e ele estava ali dando bola no SISU. Escolhi ele porque gostava da ideia de poder entrevistar gente que eu admirava e ir em eventos de graça antes de todo mundo (risos), e no jornalismo encontrei mais ou menos esse caminho.
Os conteúdos culturais, como filmes, séries, livros, músicas e cultura pop no geral, passaram a ser presentes na sua vida a partir de que momento?
Amanda Chaves: Esse contato com a cultura pop é bem antigo, desde os meus 13 ou 14 anos. Houve um tempo em que eu estava muito sozinha e acabei encontrando conforto em músicas que pareciam falar exatamente o que eu estava sentindo e em filmes que mexiam com a minha sensibilidade de uma forma extraordinária. Meus pais também possuem um vínculo bem interessante com arte, então eu sinto como se fosse algo genérico, hereditário ou algo do tipo. E então eu descobri um vício em ver documentários e ler livros documentais sobre esses filmes e as músicas e bandas que eu gostava, e isso prossegue até os dias de hoje.
Dentre tantas vertentes da arte e do entretenimento, há algum assunto que você acredita que mais domina?
Amanda Chaves: Eu acho que eu domino tudo que está relacionado com música, principalmente rock dos anos 80 e 90 e filmes em geral. Na parte dos filmes eu me sinto mais segura porque ultrapassa a parte de opinião, já fiz alguns cursos para entender como funciona a indústria e o que é “bom” ou “ruim”.
Em relação à universidade, qual é a sua visão da atual situação da valorização do jornalismo cultural na UFG?
Amanda Chaves: Até hoje fiz 2 matérias que tratavam de filme, ambas foram opcionais e ministradas pelo Lisandro Nogueira, que parece ser um dos poucos professores que realmente entende e tem qualificação para o jornalismo cultural. Eu acho que falta muito nesse quesito do curso de jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG. Há matérias de jornalismo político, jornalismo internacional, jornalismo esportivo e nada de jornalismo para a arte. Inclusive, faço parte do Goiacast, o programa da rádio universitária da UFG, que tenta falar sobre a parte cultural mas a gente não tem acesso a eventos, por exemplo, como os alunos dos esportivos têm para os jogos.
Com a sua atual graduação e a sua relação com a arte e o entretenimento desde a adolescência, o Jornalismo Cultural é um caminho a ser seguido no seu futuro?
Amanda Chaves: Sim, a minha motivação é o jornalismo cultural. Quero trabalhar com crítica, indicação, resenha de exposições e coisas do tipo. Especificamente em Goiânia, o único lugar que eu vejo essa área como uma possibilidade real é na Rádio Rock ou em algum cargo do Governo voltado para a cultura.
[…] considerando a tradição da cidade. “É, na verdade, o reconhecimento da existência, valor e manifestação cultural dessa atividade. Queremos preservar nossa história ligada a ela”, […]