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O futebol é um esporte que une pessoas de diferentes culturas e origens, mas infelizmente também é um terreno fértil para a discriminação racial. Embora muitos esforços tenham sido feitos para combater o racismo no esporte, ainda há muito para ser feito.

A discriminação racial no futebol pode assumir várias formas, desde insultos e xingamentos até comportamentos mais extremos, como atos de violência e vandalismo. Independentemente da forma que assume, a discriminação racial é prejudicial para todos os envolvidos no esporte, pois afeta a dignidade e a autoestima das pessoas que são alvo dela.

Os casos de racismo no futebol vêm aumentando principalmente na Europa. Na Espanha, chegou-se a sete denúncias de insulto ao atacante brasileiro Vinicius Jr, que atua pelo Real Madrid. O principal campeonato espanhol, LaLiga, nos últimos anos, denunciaram 13 casos de injúria racial, sendo 9 deles contra o brasileiro. Não há informações sobre a responsabilização dos clubes, alguns casos até estão sob investigação, porém, três desses casos contra o jogador já foram arquivados pela justiça.

Em jogo contra o Barcelona em outubro de 2021, o caso foi arquivado por não conseguir identificar os autores do ato. Contra o Mallorca em março de 2022, a justiça definiu que os sons e atos contra o jogador, não obtinham tamanha imensidão para abranger inicialmente uma penalização pública. Em setembro de 2022, contra o Atlético de Madrid, o caso teria sido arquivado por conta dos insultos terem durado apenas alguns segundos.

Em caso mais recente, o jogador teria sido chamado de “macaco” novamente em uma partida pelo campeonato espanhol. Os insultos foram captados pelos microfones das câmeras de transmissão da televisão. A LaLiga utilizou as evidências para apresentar mais uma queixa de injúria racial contra o brasileiro, porém, nada ainda foi resolvido.

Para combater o racismo no futebol, é importante que as organizações esportivas assumam a liderança na promoção da igualdade racial e do respeito mútuo. Isso pode incluir campanhas educacionais sobre o impacto do racismo, medidas disciplinares mais rigorosas para os infratores e a criação de políticas claras de tolerância zero para a discriminação racial.

Além disso, é importante que o público em geral, incluindo os fãs de futebol, assumam a responsabilidade de combater o racismo no esporte. Os torcedores devem se conscientizar de seu papel em promover um ambiente de tolerância e respeito nos estádios e nas redes sociais, denunciando comportamentos racistas e apoiando as vítimas de discriminação.

Em último caso, combater o racismo no futebol e no nosso meio social é uma tarefa de toda a sociedade. A discriminação racial não tem lugar em nenhum aspecto da vida, e o esporte não deve ser uma exceção. As organizações esportivas, as comunidades locais e o público em geral devem trabalhar juntos para criar um ambiente seguro e inclusivo para todos os envolvidos no esporte. Juntos, podemos combater o racismo no futebol e em todos os aspectos da vida.

Reprodução: Alessandra Barbieri/Pixabay
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