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No Brasil, a desigualdade social é uma realidade viva, e a capital goiana não é exceção. Comunidades periféricas muitas vezes enfrentam uma série de desafios, incluindo falta de acesso a educação de qualidade, oportunidades de emprego limitadas e riscos associados à criminalidade e às drogas. Nesse cenário desafiador, o esporte tem se destacado como um agente de mudança.
Em Goiânia, atualmente, cerca de 3 mil alunos são atentidos em mais de 20 polos esportivos, ação proposta pela Secretaria Municipal de Esportes da cidade, que desde 2021 tem proporcionado a prática de atividades espotivas, desempenhando um papel vital no fortalecimento de comunidades carentes, ajudando a melhorar a qualidade de vida, fornecer oportunidades de desenvolvimento pessoal, criando um ambiente mais saudável para os moradores e construindo um caminho para um futuro mais promissor.
“Os pólos esportivos são os locais onde se desenvolvem atividades voltadas à iniciação esportiva ou mesmo à prática lúdica do esporte”, explicou Rogério Percursor, Assessor da Secretaria de Esportes de Goiânia (SMESP). Ainda segundo ele, essas atividades ocorrem em sua maioria em espaços públicos por iniciativa do poder público municipal, mas também existem parcerias com instituições de diferentes naturezas com o objetivo de aumentar a gama de atividades e o número de pessoas beneficiadas.
Quando o programa surgiu, em 2021, apenas sete pólos esportivos estavam em funcionamento, além de 6 pólos de paradesporto (esporte para pessoas com deficiência). “Neste ano, através de muito esforço para consolidar parcerias, já conseguimos aumentar a quantidade de pólos para 21, entre esportivos e paradesportivos”, disse. O Assessor ainda explicou que existem estudos em andamento e, segundo ele, a expectativa é que 26 polos estejam em funcionamento até o final desse ano.
As atividades esportivas proporcionam um ambiente onde os cidadãos podem interagir e desenvolver relações saudáveis. Eles aprendem a trabalhar em equipe, respeitar regras e a lidar com a derrota e a vitória. Isso não apenas constrói habilidades esportivas, mas também habilidades sociais que são valiosas ao longo de suas vidas.
Matheus Cândido, Analista de Esportes da SMESP explicou que os pólos estão situados principalmente em bairros periféricos como Vila Pedroso, Jardim Novo Mundo e Jardim do cerrado. Segundo ele, existem várias outras iniciativas apoiadas pela prefeitura, que oferecem aulas sistemáticas ou mesmo eventos pontuais que contribuiem para a disseminação do esporte em comunidades de baixa renda.
Uma outra preocupação é a baixa procura da nova geração por atividades físicas.
“Não é novidade que a proximidade precoce com o ambiente virtual desencoraja a prática de qualquer atividade predominantemente física, com gasto intenso de energia. Este é um desafio a ser encarado por todas as esferas da sociedade.”, explicou. Para o analista, é preciso ensinar através do exemplo. “Se envolver de forma prazerosa com os esportes pode contribuir para despertar o interesse das crianças e adolescentes.”, concluiu.
Para alguns jovens talentosos, o esporte pode ser uma porta de entrada para uma carreira profissional. Programas de descoberta de talentos em comunidades de baixa renda têm revelado atletas promissores que, de outra forma, teriam permanecido invisíveis.
Para José Lucas, morador de Goiânia, as práticas esportivas têm chegado às comunidades periféricas graças à ações sociais e as inciativas da Prefeitura e do Governo de Goiás. Ainda segundo ele, projetos como a taça das favelas, motivam os jovens a continuarem na carreira esportiva. “Muitos são revelados na Taça das Favelas e vão para grandes times do Estado ou até mesmo fora do Estado.”, disse.
À medida que essas iniciativas esportivas continuam evoluindo, é importante reconhecer a necessidade de apoio contínuo e investimento em infraestrutura esportiva nas comunidades carentes. O esporte tem o potencial de construir um futuro brilhante para jovens e adultos em Goiânia, transformando não apenas suas vidas, mas toda a sociedade, criando um ambiente mais igualitário e promissor.