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João Camargos
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Ocorridos recentes voltam a chocar os amantes do esporte e também levantam o questionamento a respeito do ambiente pacífico em dias de jogo

Desde o dia 09 de julho, um vídeo mostrando um torcedor do Goiás Esporte Clube sendo agredido por um policial militar vem circulando nas redes sociais. Na filmagem, um PM bate a cabeça do rapaz contra o vidro de uma viatura com força suficiente para quebrá-lo.

Foto: Reprodução

A abordagem aconteceu no Terminal Vera Cruz, em Goiânia. Na ocasião, acontecia uma partida entre o Goiás e o Athletico Paranaense, na qual o vencedor foi o clube esmeraldino por um placar de 2 a 1. Em nota de esclarecimento sobre o ocorrido, a Polícia Militar do estado de Goiás informou sobre um reforço durante os dias em que haveriam jogos: “Foi planejado um reforço policial nos terminais com intuito de coibir crimes e vandalismo por parte de pessoas infiltradas nas torcidas organizadas dos clubes de futebol.

Na mesma nota, foi dito que assim que a PM tomou conhecimento dos “possíveis excessos e/ou irregularidades” foi iniciado um inquérito para apurar as circunstâncias do caso.

Tragédia

Na noite do dia primeiro de agosto, em Curitiba, morreu o presidente da Fúria Independente do Paraná Clube, Mauro Machado Rubim. Ele foi internado em estado gravíssimo no dia 30 de julho após ser pisoteado por um cavalo da PM no intervalo do jogo entre o Paraná Clube e FC Cascavel.

Mauro Machado Rubim, Presidente da Fúria Independente – Foto: Torcida Fúria Independente

Segundo a Policia Militar, foi necessário uma “intervenção imediata do Regimento de Polícia Montada” após a invasão de torcedores da torcida organizada de Rubim, que estavam indo em direção ao espaço reservado à torcida do Cascavel.

Em nota, a PM justifica a ação de contenção: “No entanto, insistindo no intento de invasão, tornaram-se hostis. Objetivando manter a ordem e principalmente preservar a integridade dos torcedores do Cascavel, as equipes progrediram na tentativa de persuasão ao recuo, os quais retornaram ao interior do estádio”.

Os casos de violência dentro e fora dos estádios já se tornaram corriqueiros para qualquer torcedor brasileiro e para Fellyp Webst, jornalista esportivo, o papel da polícia é fundamental para a existência da “Paz no Futebol”. Contudo, para o repórter, a intervenção policial, por mais que necessária, é desregrada e acaba por atingir torcedores que apenas querem aproveitar o esporte como deve ser aproveitado:

“A ação da polícia é desregrada. Primeiramente pela demora na intervenção; os policiais sempre demoram alguns instantes essenciais para agir, o que pode sequenciar em uma tragédia. E também, o torcedor de bem pode ser envolvido nessa intervenção. Os torcedores de verdade são afetados muitas vezes pelo fato de que alguns policiais se importam somente em separar a briga, mas se esquecem das famílias dos envolvidos ali.”

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