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Atenção! Esse texto possui spoilers dos capítulos mais recentes do anime e do mangá de One Piece!
No episódio 1071 de One Piece, Luffy me lembrou de sorrir.
O Gear Fifth, transformação mais recente do pirata que estica, Monkey D. Luffy, finalmente chegou ao anime, adaptando com maestria os acontecimentos do capítulo 1044 do mangá de Eichiiro Oda.
No confronto com a “Criatura mais forte do mundo”, o futuro rei dos piratas não foi capaz de vencer. Mas riu.
Riu como nunca antes um pirata tinha conseguido sorrir.
Sorriu. Riu. Gargalhou. Rachou o bico.
E do lado de lá, na escrita, o Mestre Oda ria como nunca antes. Ao fazer jus ao Conto da Risada e fazer do maior confronto de sua história um momento de riso, esperança e diversão.
O poder do protagonista se elevou ao nível do ridículo. Nada mais precisava de sentido, seu limite agora é a imaginação. Seu corpo tem a forma que bem entender, o chão é como um pula-pula! E assistindo eu me senti uma criança! Uma criança que ria e pulava e brincava e corria e me divertia e imaginava e voava!
Cada dia que passa, cada velinha que se sopre, rir acaba sendo um pouco mais custoso. Tem hora que dá até vergonha de rir, de sorrir. Tem dia que não dá tempo. Tem semana que tá tão difícil as coisas que não é nem bom rir. E tem ano que a gente esquece como faz pra rir.
Se pensar demais, dá vontade de ser criança. E onde tá o erro nisso? O adulto é uma criança que cresceu e teve que ficar fingindo que é grande desde então. Mas agora não tem hora pra voltar pra casa! Não precisa mais pedir pra mãe pra visitar o amigo, nem precisa pedir dinheiro!
Agora tem que ser a época de sorrir, enquanto puder, tente rir. Sem vergonha do ridículo!
Durante quase 25 anos de publicação, Oda construiu uma narrativa sobre a esperança no amanhacer de um novo mundo. E levou a sério a parte da alegria. O ápice de Luffy vem junto com o ápice de One Piece e nesse momento o sentimento é de festa! É abraçar o ridículo e fazer quem leva tudo a sério abraçar também!
Ansiosa para assistir esse episódio!!