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Gustavo Teixeira de Paula
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A produção, consumo e venda de cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil de acordo com a Anvisa por uma portaria de 2009. Mesmo assim, em uma pesquisa realizado pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) em 2023, o instituto apontou que a quantidade de pessoas que consomem cigarros eletrônicos como pods e vapes teve um aumento equivalente a 600% nos últimos seis anos.

Com esse aumento vertiginoso no uso desse produto, especialmente entre a população mais jovem, o debate sobre legalização vem sendo cada vez maior. No ano passado a resolução da Anvisa passou por um processo de revisão, que terminou com ela ainda mantendo a proibição e investindo em ações educativas para tentar remediar esse aumento.

Uma preocupação surge com o número cada vez maior de usuários: o uso de cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto o cigarro comum, podendo causar problemas pulmonares e cardiovasculares. De acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o uso diário de vape aumenta em 1,79 vezes a probabilidade de um infarto no miocárdio e causa um aumento significativo na incidência de acidente vascular cerebral.

Imagem: Jaqueline R. Scholz e colaboradores, em artigo publicado em 2024 no SciELO.

As informações dos malefícios do cigarro eletrônico ainda são pouco difundidas, com muitas pessoas acreditando ser inofensivo. Em entrevista, uma usuária recorrente disse que não sábia no começo dos danos que o vape causava “achei que era algo inofensivo, quando vi tinha viciado”. Vários projetos de leis já foram feitos para tentar conscientizar a população, como por exemplo o projeto de lei de nº 5573/19, feito pelo deputado Paulo Trabalho (PSL), que visa ciar uma política estadual para informar os cidadãos dos males do cigarro eletrônico e seus derivados.

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