- O Poço 2: O que há por trás da estrutura social injusta? - 8 de novembro de 2024
- O Impacto das novas tecnologias na sala de aula e a transformação do ensino - 4 de outubro de 2024
- A mídia e o seu Poder Invisível: como a cobertura jornalística influencia opiniões e afeta vidas - 12 de setembro de 2024
Turma da Kairós 2023.
Bianca Balieiro: Queremos expressar nossa profunda gratidão a Jonathan por ter nos honrado com sua presença em nossa entrevista. Sua disposição em responder a todas as questões e compartilhar a rica experiência que viveu através de suas missões foi, sem dúvida, inspiradora.
Bianca Balieiro: Gostaria de iniciar nossa conversa explorando as origens de sua jornada. Poderia nos contar como você conheceu sobre missões e o que exatamente despertou em você a vontade de se tornar um missionário?
Jonathan Gomes: O prazer é todo meu em estar aqui, estou realmente grato por ter este espaço para falar sobre algo que é tão importante em minha vida. Bom, eu conheci um pouco sobre missões há alguns anos quando segui a um canal no YouTube chamado Luca Marin, que é um evangelista e via ele pregando nas ruas, e por isso conheci um pouco sobre missões.
No final de 2022, eu conheci um pouco da Kairós, porque a igreja onde eu frequento tem parceria com essa agência missionária. Em 2023, eu fui fazer um curso chamado CIMA, que é de outra agência missionária chamada “Movida”, no CIMA eu conheci um pouco mais sobre missões. Fui para o sertão brasileiro para poder ter um tempo de experiência no campo missionário e foi uma experiência que vi o quão tinha que crescer.
Bianca Balieiro: Poderia compartilhar conosco como foi viver na Kairós?
Jonathan Gomes: Eu cheguei na missão Kairós no dia 6 de março. No dia 11 de março de 2023, quando aconteceu a abertura do treinamento, desatolamos o carro, choveu no dia. Foi um momento no qual as pessoas que foram puderam escutar um pouco mais sobre missões, oraram por nós e pelo começo do treinamento.
Ficamos no centro de treinamento por 5 meses, foram meses de muito aprendizado. Aprendemos sobre outras religiões, sobre outras culturas, o total de alunos foi de 24 alunos.
Foi um tempo abençoado, nós aprendemos muito com as pessoas quem estávamos e com as pessoas que foram para nos ensinar. Homens e mulheres que largaram tudo, às vezes uma profissão ótima aqui para nos ensinar.
Bianca Balieiro: Considerando sua experiência e o impacto profundo que você testemunhou. Gostaríamos de aprofundar um pouco mais no papel das missões em áreas cruciais como ajuda humanitária. Na sua visão, qual a importância das missões em contribuir para a alimentação, o fornecimento de remédios e a promoção da educação nas comunidades carentes?
Jonathan Gomes: Eu tenho um exemplo de um posto de saúde que há em um país no continente africano, esse posto de saúde foi implantado por missionários. E nós não cuidamos somente do espiritual, nós cuidamos do físico, porque nós entendemos a importância de cuidar do corpo físico. Existem brigadas médicas, onde nós temos oportunidades de orar e através dessas brigadas nós temos relacionamento, podemos cuidar das pessoas.
Há pessoas que trabalham viabilizando a tradutores da Bíblia em suas diversas metodologias de tradução. Segundo a Wycliffe Global, das 7.300 línguas faladas, apenas 740 possuem a Bíblia completa traduzida, 1.675 apenas o Novo Testamento. Existem línguas que são ágrafas, outras já existente grafia porém também não possuem as Escrituras traduzidas. Estes tradutores podem viabilizar a tradução escrita ou oral das Escrituras, pois todos tem que saberem que Deus pode falar com eles em suas línguas maternas. Quando há tradução da Bíblia é possível revitalizar a língua, é possível alfabetizar o povo, fomentar o sentimento de pertencimento geracional (que passará para futuras gerações), é possível criar materiais bíblicos como recursos evangelístico e de discipulado. A língua/ cultura/ cosmovisão andam juntas e por isso, fazem parte da identidade de um povo. Quando se traduz as Escrituras é proporcionar que povos tenham identidade cultural, mas acima de tudo identidade de cidadãos celestiais.
Existe o treinamento de alfabetização, para alfabetizar adultos, idosos e crianças que não sabem ler e escrever. E isso é algo gratificante.
Bianca Balieiro: Gostaríamos de encerrar esta conversa expressando nossa mais sincera gratidão a você, Jonathan, por compartilhar sua jornada conosco. Desejamos que o projeto Kairós continue crescendo a cada dia, ampliando seu alcance e impacto, e fazendo a diferença na vida de inúmeras pessoas com suas valiosas iniciativas em ajuda humanitária.
Para nossos leitores que se sentiram tocados pela missão de Kairós e estão interessados em ajudar ou incentivar esse nobre projeto, convidamos vocês a conhecer mais através do site oficial. Sua contribuição, seja ela qual for, pode ser um passo fundamental para apoiar essa causa tão importante e transformadora.
“Viver é a maior das oportunidades, levar vida a quem não tem é a maior das missões.” – Lennon Carvalho