Mundo do futebol: história de John Textor e suas revelações sobre a manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023

O empresário é um dos donos do Crystal Palace, da Premier League, é um investidor de tecnologias e em 2021 assinou um pré-contrato com o time de futebol Botafogo de Futebol e Regatas onde era autorizado a venda dos ativos do futebol do Botafogo para o empresário.
abr 29, 2024
Tempo de leitura: 4 min
Aline Drumond
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John Textor em sua chegada no Botafogo, em 2021. Foto: Vitor Silva/Botafogo.

John Textor é um empresário, nascido em 30 de setembro de 1965, em Missouri, Estados Unidos. É um norte americano apaixonado por futebol e formado em Economia. É conhecido por seu trabalho na industria de entretenimento, visando a parte de tecnologia de efeitos visuais e é dono de uma fortuna que adquiriu trabalhando com tecnologia e cinema. Aos 12 anos de idade, o empresário ganhou alguns prêmios locais como skatista, rivalizando com Rodney Mullen, um dos profissionais mais conhecidos no ramo do skate, e após se lesionar decidiu abandonar a carreira e iniciou os seus estudos.

Em 2006, ele comprou a empresa Digital Domain, uma empresa responsável por efeitos visuais e animação digital. Com John Textor no comando, a Digital Domain ganhou oito Oscars de efeitos especiais, com grandes filmes de Hollywood, que contaram com a participação dos efeitos especiais da empresa. Em 2012, a empresa passou por problemas e Textor saiu da companhia com uma indenização de 8,5 milhões de euros após ter sido acusado de participar de uma arrecadação de fundos que envolvia a própria Digital Domain, finalizando seu ciclo de 6 anos como CEO da empresa.

Já foi presidente e diretor executivo da empresa Fubotv, conhecida com o nome de Facebank Group, que é líder de Streaming voltada para esportes. Em 2020, abandonou o cargo para investir no futebol e comprar um time. Foi classificado pela Forbes como o “guru da realidade virtual em Hollywood”, após ter fundado a Pulse Evolution Corporation, uma empresa responsável por hologramas ultrarrealistas e realidade virtual, envolvendo a realidade aumentada e inteligência artificial.

Em julho de 2021, Textor esteve perto de adquirir 25% das ações do Benfica, a negociação acabou não sendo concretizada. Em seguida, conseguiu adquirir 18% do Crystal Palace, da Premier League Inglesa, por cerca de 87,5 milhões de libras tornando-se um dos quatros donos do clube londrino. Em 2021, além de comprar o Molenbeek, um time da segunda divisão da Bélgica, John Textor também virou proprietário da SAF do Botafogo de Futebol e Regatas.

Acusações de manipulações de resultados envolvendo o Campeonato Brasileiro de 2023

John Textor na CPI de manipulação de jogos. Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

Atualmente, John Textor está completamente focado no Botafogo. Após o final do Campeonato Brasileiro onde viu o Botafogo perder a liderança e o Palmeiras ultrapassá-lo e ser campeão brasileiro, Textor fez acusações de manipulações de resultados no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2023, envolvendo os erros frequentes da arbitragem brasileira nos jogos, chegando a contratar uma empresa francesa que é especialista em análises de jogos e arbitragens para verificar as partidas do Campeonato.

Em 22 de abril de 2024, John participou de uma reunião secreta na CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas entregando um relatório de 180 páginas apresentando evidências de que o campeonato realmente pode ter tido manipulação de resultados, envolvendo também a arbitragem brasileira, no que é considerado pelo presidente da CPI Jorge Kajuru(PSB-GO), como “o maior escândalo de corrupção do futebol brasileiro”.

John Textor foi a primeira testemunha a ir depor na CPI do Senado que apura as suspeitas de manipulação no futebol brasileiro. o presidente da CPI, Jorge Kajuru(PSB-GO), assumiu que o relatório entregue por John Textor há indícios muito importantes, com a grande possibilidade de investigação e de até mesmo se tornar uma prova.

Os indícios vão além de comportamento dos jogadores durante as partidas, mas também envolvem a questão do VAR, das análises de imagens supostamente negadas, onde também será investigado o que a CBF(Confederação Brasileiro de Futebol) tomou ou não tomou de providências.

Na CPI do Senado, John Textor continua afirmando que a manipulação de resultados no futebol é uma realidade ressaltando que a inteligência artificial pode ajudar a identificar casos de manipulação no futebol, e também pedindo para que os apaixonados por futebol confie na tecnologia para identificação da manipulação de jogos.

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