Mercado Livre pretende lançar loja de livros online

Mudanças no mercado literário podem alterar a precificação dos livros e renovar modelos tradicionais de publicação
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A empresa Mercado Livre, conhecida pelas vastas ofertas no ramo do comércio online, apresentou sua intenção de apostar no setor literário. Segundo o site PublishNews, a corporação já fechou contratos com as maiores editoras do Brasil e acertou acordos com a Metabooks e Bookinfo (plataformas de bancos de dados literários) para o futuro. Anteriormente, o Mercado Livre comercializava livros no modelo marketplace, mas agora deve trabalhar com o modelo de operação direta.

Donos de editoras independentes demonstraram certa hesitação ao receber a notícia. Com poder aquisitivo inferior ao das grandes editoras brasileiras, temem que uma guerra de preços entre o Mercado Livre e a Amazon possa levar à falência de pequenas empresas, que não conseguiriam competir com os preços baixos que as duas gigantes podem oferecer.

Fim dos blurbs

A editora americana Simon & Schuster anunciou que não vai mais aconselhar seus autores a incluir blurbs nos livros. Blurbs são resenhas com fins promocionais — pequenos textos, geralmente recomendações positivas de personalidades confiáveis do meio, que costumam ser adicionados à capa ou à contracapa de novas obras. Sean Manning, presidente da editora, publicou uma artigo explicando que “a prática se tornou tão comum que não se engajar nela torna um livro distinto. Eu certamente ficaria mais intrigado se encontrasse um livro que não tivesse nenhum desses endossamentos.”

Perfil do leitor brasileiro

Foi publicado o Panorama do Consumo de Livros 2025, um estudo sobre o perfil e hábitos dos consumidores de livros no Brasil. A pesquisa da Câmera Brasileira do Livro foi realizada pelo instituição Nielsen BookData e tem o objetivo de auxiliar editoras e livrarias na produção e distribuição de novas obras.

Os principais destaques da pesquisa incluem as informações de que 16% da população brasileira acima de 18 anos afirmou ter comprado pelo menos um livro nos últimos 12 meses; a maioria dos consumidores considera os livros escolares e os livros voltados ao aprimoramento pessoal e profissional caros; 55% dos consumidores preferem comprar livros em lojas online, enquanto 39% optam por lojas físicas; e 56% dos consumidores de livros adquiriram exclusivamente livros físicos nos últimos 12 meses.

Amazon impedirá downloads de livros

Para evitar a pirataria, Amazon decide proibir download de eBooks via USB. Anteriormente, o site da empresa continha o recurso de baixar os livros para o computador e depois transferi-los para o Kindle. Contudo, a partir de 26 de fevereiro essa ferramenta será desabilitada. A revista The Verge explicou que esse recurso era útil para leitores que não possuíam o Kindle, mas compravam eBooks na Amazon.

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