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Tayná Freitas

O último relatório divulgado pelo IBGE (25/2) sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) revela aceleração inflacionária de 1,23%, número extremamente alto em comparação ao indicador de janeiro, que somou 0,11%. O percentual chama a atenção por, já no segundo mês do ano, representar 41% do valor inicial da meta inflacionária de 3,00% estabelecida para 2025 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O principal responsável pela alta é o setor de Habitações, com impacto de 0,63 pontos, seguido pelo setor de Educação, que registrou 0,29 pontos e a maior variação, chegando a 4,78%. Mesmo que possa assustar a princípio, a mudança drástica no grupo não surpreende o mercado por ser resultado esperado do reajuste no valor dos cursos educacionais, prática comum no início do ano letivo. O ensino médio sofreu a maior alteração, aumentando 7,26%, seguido do ensino fundamental (7,50%) e ensino superior (4,08%).

A boa notícia se concentra no setor de Alimentações e bebidas, que desacelerou de 1,06% para 0,61%. Em comparação com janeiro, o café moído subiu de 8,56% para 11,63%, porém a cenoura reduziu de altíssimos 36,14% para 17,62%. Apesar da variação inflacionária da leguminosa continuar em alta, a desaceleração é um bom sinal para o mercado consumidor. Outros alimentos essenciais na mesa brasileira que sofreram queda foram batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%).

Dentre 11 capitais federais onde o IPCA-15 é medido, Goiânia registrou a menor variação, correspondente a 0,99%. O resultado baixo em comparação às outras cidades é um bom sinal para uma possível “folga” inflacionária no acumulado de 12 meses. A redução nas passagens aéreas (-26,67%) e no arroz (-2,67%) são os principais responsáveis pelo resultado.

O QUE É O IPCA-15?

O IPCA-15 é um indicador econômico medido pelo IBGE da segunda metade do mês anterior até a primeira metade do mês de referência. O dado serve como uma prévia do IPCA, que considera o mês inteiro.

A medição é feita em nove grupos: Alimentação e bebidas; Habitação; Artigos de residência; Vestuário; Transportes; Saúde e cuidados pessoais; Despesas pessoais; Educação; Comunicação.

As estatísticas são realizadas em onze cidades, sendo elas: Brasília, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

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