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O Governo do Presidente Jair Messias Bolsonaro aprovou a lei que estabelece as metas e prioridades para o ano seguinte. Ou seja, a lei que, resumidamente, prevê o quanto o governo pretende economizar, estipula as despesas, autoriza aumentos e indica prioridades financeiras.

Ao fazer isso sem reajustar a tabela do imposto de renda, Messias descumpre mais uma de suas promessas da campanha eleitoral de 2018, quando garantiu que reduziria a carga tributária do Brasil.

BOLSONARO SEGUE FAZENDO HISTÓRIA

Quem dera fosse positiva. Jair está na iminência de se tornar o primeiro presidente eleito do país desde a redemocratização a não reajustar a tabela de cobrança do Imposto de Renda. A última correção foi feita em 2015, no começo do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, do PT.

Além de ser pioneiro na falta de correção da tabela, o governo de Bolsonaro conquistou a maior defasagem da história do país em um mandato único, desde o Plano Real e a mudança do cálculo da tabela no governo do FHC. Levando em conta, os três anos e meio desde que Jair assumiu o poder, o acúmulo já chega a 26,5%, com a chance de mais aumento até o final do ano de 2022, caso a inflação cresça.

PRESOS NO TEMPO

Existe um mínimo que você deve receber para que tenha que pagar imposto no nosso país. Essa tabela, que não foi reajustada, define isso. Quem ganha até 1.903 reais, mensalmente, ou 22.847 reais, anualmente, é isento do imposto de renda. Esse valor está vigente desde 2015. Mas não dá pra pensar que estamos presos no tempo. Tudo mudou. R$ 100, hoje, já não vale tanto quanto há 7 anos, em 2015.

Como sempre, todo esse cenário recai sobre a classe trabalhadora brasileira, que sempre é a mais prejudicada no desgoverno promovido pelo presidente.

QUEM TEM MENOS, SOFRE MAIS, SEMPRE

Não que houvesse dúvida. Mas agora, ficou mais evidente ainda que trabalhadores e trabalhadoras não são prioridades do presidente. Sem a correção da tabela do Imposto de Renda, milhões de trabalhadores que eram isentos do imposto em 2015, que recebem um pouco mais de um salário mínimo (R$ 1.294), sofrerão com o recaimento do imposto sobre seus rendimentos.

Isso porque, o valor do salário aumentou na tentativa de compensar a inflação. Mas o poder de compra diminuiu drasticamente. Ou seja, o tributo, que deveria pegar os mais ricos, pesa novamente para milhares de brasileiros de baixa renda.

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