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Arte: Site do PT

Estatísticas da ONU e a piora do problema da fome global

No dia 6 de julho de 2022 a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou dados relacionados à fome mundial, com um enorme aumento no número de pessoas com insegurança alimentar no mundo. O Brasil não ficou de fora do grave aumento de pessoas passando fome, apresentando um número de 60 milhões de brasileiros que sofrem de insegurança alimentar. O valor quase dobrou quando comparado aos anos de 2014 a 2016, de 37,5 milhões de pessoas, fazendo com que o Brasil voltasse a aparecer no mapa da fome da ONU.

No resto do mundo a situação não melhora, com destaque para os países mais pobres. Segundo dados fornecidos pela FAO, aproximadamente 828 milhões de pessoas sofreram de fome no ano de 2021, com o aumento dos casos acontecendo após o inicio da pandemia de Covid-19 no ano de 2020. Com um aumento de 103 milhões entre 2019 e 2020 e 46 milhões no ano de 2021.

Segundo a própria FAO, está cada vez mais difícil tornar realidade os objetivos da agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) e o mundo está cada vez mais longe dessas metas. Com um dos objetivos para ate 2030 sendo tornar a fome mundial nula, ao invés do numero diminuir, quanto mais próximos temos chegado dessa data, mais os números de casos de fome vêm aumentando. Eventos e situações globais agravam ainda mais a situação, como foi o caso da pandemia de Covid-19 e da atual guerra na Europa entre Rússia e Ucrânia.

foto de uma criança em situação de fome comendo restos de comida dados a ele

ONGs e Projetos que apoiam pessoas necessitadas, e os enfrentamentos que realizam

Felizmente existem ONGs e projetos para ajudar a combater a fome no Brasil, embora não seja o suficiente para extinguir a fome no pais, já é capaz de ajudar muitas pessoas que necessitam da assistência para poderem sobreviver. Como é o caso do “Projeto Arlinda Maria”, fundado no ano de 2019 por estudantes, para ajudar pessoas em situação de pobreza que sofrem de fome.

Em entrevista com Giovanna Araújo, estudante de Jornalismo e membra do “Projeto Arlinda Maria”, e Laura Caetana, fundadora e presidente do projeto, elas disseram que esse não foi o primeiro de seus projetos. Antes da pandemia o projeto se chamava “Projeto Amar” e buscava ajudar pessoas em diversas situações e até animais. Mas quando a pandemia de Covid-19 chegou, viram a urgência da fome e dos problemas que traziam para as pessoas e, portanto, direcionaram seus esforços para ajudar pessoas nesse estado.

Embora consigam lidar bem com a situação, ainda existe muita burocracia acerca de tais projetos, como a exigência de documentos de Organização não Governamental (ONG), gasto com advogados, contadores, um processo que exige e leva muito tempo, além de toda a politica envolvida. Considerando o fato de que uma ONG não possui ajuda do Governo, depende de ajudas sociais e de contratos com empresas para poder se manter. Isso aumenta ainda mais a dificuldade e a burocracia para que o projeto possa continuar funcionando.

Segundo Giovanna, “o Brasil não está preparado para acabar com a fome no país e não será capaz de cumprir com a agenda da ONU. A situação já estava ruim antes da pandemia e com ela só piorou. O Governo não toma as medidas necessárias e se abstém de tais assuntos, mesmo sendo dever dele garantir alimento e segurança para sua população, para que a mudança possa acontecer é preciso tomar providências, investir em boas ideias e projetos que buscam ajudar. É preciso que o Governo realmente cumpra com suas promessas, diminuindo a desigualdade e pobreza, que seria a raiz do problema, investindo em infraestrutura e educação”.

https://labnoticias.jor.br/?p=2593

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https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/mercado-da-miseria-frigorificos-vendem-ossos-de-primeira-e-de-segunda-na-periferia-de-fortaleza-1.3151320

https://www.fao.org/brasil/noticias/detail-events/pt/c/1585484/

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