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Estudantes denunciam crimes de racismo na Universidade; agressores não são punidos

Na manhã desta segunda-feira (22), alunos do curso de Ciências Sociais organizaram uma manifestação contra os atos racistas que estão acontecendo na faculdade. O protesto ocorreu com a reunião de estudantes no Pátio de Humanidades, localizado no Campus Samambaia.

Estudantes relatam que uma colega sofreu perseguição de assédio moral e racismo. O caso foi denunciado mas nada foi feito, por conta disso, estudantes se organizaram e montaram esse protesto.

A manifestação contava com a presença de discentes da Universidade Federal de Goiás, que tinham a oportunidade de falar sobre suas vivências e expor seus sentimentos a respeito de toda essa situação. Além disso, o protesto teve a participação da docente Luciana Dias, que falou a respeito do racismo nas Universidades.

Marta Quintiliano, doutoranda em Antropologia e Graduanda em Políticas Públicas, estava presente na manifestação e não deixa de expressar seu repúdio e indignação com essa situação: “É bom a gente lembrar que a maioria dos professores na universidade são brancos, alguns deles tentam ter atos antirracismos, mas são professores brancos que, ás vezes, acham que é brincadeira.”

O protesto durou por cerca de 1 hora, e foi finalizado com um discurso de Marta Quintiliano, no qual ela diz: “O movimento é nosso”. Se acordo com a Marta, o intuito ao dizer essa frase é relembrar que é um direito de pessoas negras, quilombolas e indígenas, se organizarem quando acharem necessário e sem precisar da permissão de terceiros.

Ao ser questionada sobre se haverão outras manifestações, a graduanda em Ciências Sociais, Ana Cristina, diz que com certeza terão outras e que os atos são uma das poucas formas de reivindicar os direitos de pessoas negras, indígenas e quilombolas.

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