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O livro “Lightlark“, escrito pela estreante Alex Aster, foi de um dos lançamentos mais esperados do ano para alvo de intensas críticas nessa semana depois que leitores apontaram a desonestidade da autora em relação ao conteúdo da sua obra.
Durante cerca de um ano, a história do livro “Lightlark”, escrito por Alex Aster, foi amplamente divulgada, principalmente em formato de vídeo no booktok, nicho da rede social Tiktok focado em compartilhar experiências literárias. Eram apresentadas cenas rápidas e trechos aleatórios da narrativa fantástica com o intuito de instigar o leitor, o que gerou resultados inimagináveis, como uma pré-venda esgotada e um contrato de adaptação cinematográfica com a Universal Studios antes mesmo da obra ser oficialmente lançada.
No entanto, nessa semana, quando era para ocorrer a distribuição do livro no dia 23 de agosto, alguns leitores receberam cópias antecipadas e acusaram Alex Aster de manipular seu público e mentir sobre o que tinha na sua história. Seguem algumas resenhas postadas no site Goodreads sobre “Lightlark”:
“Galera, tudo era uma mentira. Eu olho para trás em seus vídeos do tiktok e eu rio”, afirmou o usuário @readswithsid sobre o conteúdo divulgado pela escritora. Link para a resenha completa: https://www.goodreads.com/user/show/119621491-s-m
“É uma comparação terrível que cria falsas expectativas”, explicou o usuário @bean sobre as obras que Aster comparava ao seu livro. Link para a resenha completa: https://www.goodreads.com/user/show/72792465-bean
A partir da disseminação dessas e de outras inúmeras críticas à obra, o produto, que antes era aclamado, foi “cancelado” pela internet e agora enfrenta duras consequências, como ter baixado sua pontuação no site Goodreads (plataforma onde o público leitor classifica suas leituras) e as resenhas negativas equivalem, atualmente, a 55% das postadas no site.
Com essa situação, alguns escritores nacionais aceitaram dar uma entrevista e compartilhar seus pontos de vista, como Malu Costacurta, autora de “O despertar dos fantasmas“, que declarou: “acho que a regra é bem simples: só venda o que você vai de fato entregar para o leitor. Existem casos de autores que de fato mentem sobre o conteúdo do livro, mas há também a possibilidade de um marketing tecnicamente não mentiroso enganar o leitor. Por exemplo, vender o livro com a promessa de um romance LGBTQIAP+ quando, na realidade, o romance é tratado por pouquíssimas páginas e não é nem de longe o foco do livro. Nós, autores, precisamos tomar muito cuidado para respeitar o tom dos nossos livros, até mesmo durante o marketing, para não correr o risco de fazer promessas vazias.”
Além disso, Dan Rodrigues, autora de “Até o Natal acabar“, também se posicionou: “o autor tem que ser sincero e falar o que tem de verdade no livro.”
Até o momento de fechamento desta matéria, o livro “Lightlark“, que um dia já alcançou posições marcantes em diversos rankings literários, está com avaliado com a nota 2,67, segundo a comunidade do Goodreads.