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A Universidade Federal de Goiás (UFG) apresenta dois campus na capital goiana, sendo um deles o Campus Samambaia, ou Campus II, localizado na região norte da cidade, na Vila Itatiaia. Com a volta das aulas presenciais, o uso dos ônibus voltou ao usual e a demanda aumentou. Entretanto, os alunos do período noturno voltam a enfrentar o mesmo problema de sempre: insegurança ao andar de noite pelo campus por conta da má iluminação, e menor frequência dos ônibus.
Para transportar os estudantes, a universidade conta com diversas linhas, sendo uma delas exclusiva para a locomoção dentro do Samambaia, a 725. Dentre as linhas que passam pela universidade, pode-se citar: 268 (Campus II/ Centro – Via Criméia Leste), 302 (Campus II/ Marista), 263 (Campus II/ Terminal Pça. da Bíblia), 105 (Câmpus II/ Terminal Pça. “A” – Via Bernardo Sayão) e 933 (Campus II/ Terminal Rec. do Bosque/ Terminal Pe. Pelágio).
A linha 933, única em sentido ao Terminal Recanto do Bosque e Terminal Pe. Pelágio, durante a noite apresenta o maior período de espera entre os ônibus, podendo fazer os usuários esperar até 120 minutos entre eles. Ana Julya, estudante de museologia e usuária da linha, comenta que, apesar de poder pegar outras linhas, a 933 é a melhor pois a deixa mais cedo em casa e não precisa pegar o eixo – como teria que fazer se usasse outra linha.
“A frequência é muito ruim, demora 80 minutos para passar, isso quando passa porque às vezes não costuma passar”, compartilha.
Em conversa com o LabNotícias, Sofia Costa, estudante de jornalismo e usuária do 268, compartilha que, além da demora, às vezes chega a constar no aplicativo (SIM RMTC) que o ônibus já passou, sendo que não passou – recebendo o apelido de “ônibus fantasma”.
“Às vezes o professor segura um pouco mais na sala e você não tem escolha, por causa de 5 minutos você tem que esperar 40, 50. […] e também, pode perguntar para qualquer um que eu acho que eles já presenciaram essa situação, você viu que o ônibus tá chegando pelo aplicativo, aí aparece que ele passou, mas ele simplesmente não passou.”, afirma.
Sofia também comenta a respeito da iluminação do campus durante o período da noite, pois além de ter lâmpadas queimadas, a luz também não é das melhores. Tais opiniões também são compartilhadas por Tainá Menegazzo, estudante de Design de Moda e também usuária do 268.
“A frequência dele é péssima. Péssima. Atrasa muito, diz que passou mas não passou, e aí a gente fica transtornado com isso […] Sempre saio da sala antes das aulas terminarem uns vinte a trinta minutos por causa do tempo confuso do ônibus. Minhas aulas acabam 21h30, mas às vezes eu saio até 20h40 para conseguir pegar o ônibus.”, comenta.
Tainá também comenta que além dos pontos de ônibus não serem bem iluminados, o trajeto que ela faz da Faculdade de Artes Visuais (FAV) até o ponto do Restaurante Universitário (RU), localizado na Alameda Palmeiras, também não tem iluminação satisfatória.
Kauã Junio, usuário da linha 105 e estudante de Engenharia de Software, compartilha que, assim como Tainá, já chegou a sair alguns minutos mais cedo da aula pois, se perdesse o ônibus, só passaria o outro muito tempo depois. Novamente, as insatisfações a respeito da iluminação dos pontos e do campus durante a noite também são compartilhadas.
“A iluminação é ‘porca‘ [sic] ela não clareia muito, sabe? Então eu, particularmente, acho muito inseguro, principalmente ao redor do ponto onde eu pego que fica em frente a um estacionamento”, comenta.
O que a UFG e RMTC comentam sobre o assunto?
Ao conversar com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável por solucionar problemas em relação à frequência dos ônibus e problemas com as linhas da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), foi passado ao Lab Notícias que as reuniões responsáveis por discutir essas questões ocorrem às quintas feiras, e que o aumento da periodicidade entre as linhas citadas, durante o período da noite, já estava sendo discutido
Já a respeito da iluminação do campus, em conversa com Robson Geraldine da Pró-Reitoria de Administração e Finanças (PROAD) da UFG, o gestor compartilha os planos da universidade a respeito da implantação de um novo sistema de iluminação, visando trocar os tipos de lâmpadas e realizar a substituição das queimadas.
“Quem cuida desse projeto para nós é a SEINFRA [Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana], e tenho acompanhado de perto, pois esses projetos demandam recursos e passam pela PROAD […] já tem todo o levantamento do que é necessário para fazer a troca das lâmpadas, de fluorescentes para LED, aproveitando para fazer a substituição das queimadas […] o problema é a falta de orçamento”, afirma.
Ainda sim, prezando pela segurança do campus, as lâmpadas queimadas serão substituídas pelas de mesma qualidade – fluorescentes – com previsão para que a troca ocorra durante o período das férias, entre o primeiro e segundo semestre de 2022.