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ERICK PIRES DA SILVA
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De uma novel as telinhas, a animação tem ganhado cada vez mais fãs do gênero

Começo enfatizando a grandiosidade desta produção, Overlord, uma série japonesa de light novels (romances leves) escrita por Kugame Maruyama e ilustrada por So-bin em 2010, apresenta uma narrativa cativante e envolvente.

Adaptada para anime no ano de 2014, pelos estúdios Madhouse, a obra de ação, aventura e fantasia é um Isekai (mundo diferente/outro mundo), que conquistou o coração dos fãs de animação desde seu lançamento em 2015 e vem ganhando mais admiradores junto à nova temporada de 2023.

Overlord, conta a história de um jogador do MMORPG de imersão total, Yggdrasil, conhecido com nickname (apelido) de Momonga, líder dos 41 seres supremos da guilda de Ainz Ooal Gowm, tida como uma das mais poderosas da trama.

O enredo nos trás a luz de um personagem que foi transportado para um universo que chamam de “Novo Mundo”, após ficar logado ate o ultimo segundo no dia do desligamento dos servidores. Até o momento não se diferencia em nada de outras produções do segmento Isekai.

Lord Ainz Ooal Gowm
Lord Ainz Ooal Gowm (Fonte: alphacoders)

A narrativa ganha um rumo diferente, trazendo a perspectiva de um vilão, o que inicialmente nos deixa de boca aberta. O foco principal está no ser soberano de level 100 da Tumba de Nazarick, o grandioso esqueleto/feiticeiro, Ainz Ooal Gowm (nome que o personagem Momonga adota)

O que nos chama atenção é exatamente a particularidade do foco na vilania, mas nos deixa apaixonados pelo carisma do líder da Tumba. O modo como trabalham a transição da humanidade do jogador, para um morto vivo supremo ao decorrer da narrativa prende ainda mais nossa atenção.

Um fator que embora arriscado tenha sido bem sucedido na obra, foi o tratamento dos personagens secundários, em principal os guardiões de andar de Nazarick, conhecidos como NPCs (personagens não jogáveis), que tiveram episódios dedicados a explorar suas existências, sem perder o equilíbrio com a trama central do anime.

Durante as temporadas a narrativa proposta é muito atrativa e abre espaço para um, “quero mais”, por assim dizer. Deixa vários mistérios em aberto para nos manter atentos e interessados na história, por meio da aparição de personagens chaves uma vez ou outra.

O objetivo do Lorde Ainz já é esclarecido logo nos primeiros episódios da série, porém, isso não prejudica o andamento dos fatos, pois trabalham com o cômico e o drama, deixando a animação leve e interativa. A boa escolha das cenas, a qualidade do designer bem desenvolvido e detalhado dos cenários e personagens colabora para um andamento divertido e atraente.

Quardiões de andar de Nazarick e o Lord Ainz.
Guardiões de andar da Tumba de Nazarick (Fonte: alphacoders)

Pontuadas minhas observações positivas, acredito que é justo apontar no que deixa a desejar. O anime possui boas interações entre os personagens, entretanto, falha quanto a durabilidade das batalhas que tendem a ser poucas e rápidas. Possui muitos episódios dedicados à explicação de fatos e não produz muitas batalhas com a participação direta do líder de Nazarick.

No geral, a série é muito atrativa e bem desenvolvida, prova disso é a existência de 4 temporadas e com a promessa de uma 5ª ainda mais divertida. Acredito que tenha grande potencial. Se observamos a novel de Overlord encontraremos bastante elementos muito bem trabalhados e fieis no anime, o que já o diferencia de muitos outros.

Particularmente a perspectiva do vilão, a ação e aventura no clima medieval são sem dúvidas os diferencias dessa animação. Deixando a desejar em poucos aspectos e apresentando uma proposta não tão clichê em seu segmento Isekai, realmente é uma aventura que compensa conferir.

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