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Bird Box Barcelona acontece no mesmo universo que Bird Box, um grande sucesso da Netflix lançado em 2018, protagonizado por Sandra Bullock. Na história apocalíptica, pessoas cometem suicídio quando há contato visual com criaturas que não são mostradas em nenhum momento. O suspense, lançado em 14 de julho de 2023, é uma produção dos irmãos David e Alex Pastor.
Dessa vez sem Bullock e, como o próprio título diz, retratado em Barcelona, na Espanha, o filme acompanha a história de Sebastian (Mario Casas) que envolve fé e religiosidade. Muito diferente do primeiro, o roteiro e sequência de acontecimentos deste é consideravelmente entediante. Além disso, nos primeiros 30 minutos, é revelado uma espécie de plot twist, onde o protagonista faz com que outras pessoas tirem suas vendas e vejam os “anjos”, como os chamam. Basicamente, para eles, morrer dessa maneira seria uma salvação para a alma.
É nítido a maneira como a produção tenta se afastar de Bird Box, mas não de uma maneira boa. É um filme completamente limitado, em diversos aspectos, como em cenas de ação e cenas de mortes. Existe grande dificuldade por parte do telespectador em se conectar com os personagens e, de fato, se impactar com algum acontecimento extremamente previsível. A parte mais minimamente atrativa é dada com o envolvimento de justificativas científicas sobre as criaturas misteriosas, mas é como se chegassem a lugar nenhum.
Embora haja boas atuações, os personagens não cativam. O de Casas, por exemplo, se divide entre ser do bem ou do mal na maior parte do filme que, inclusive, há cenas em que nada acrescentam para a história ou, no mínimo, para a experiência de quem assiste. O primeiro filme, Bird Box, poderia ser assistido por diversas vezes e ainda causaria certo suspense, que é o objetivo do gênero de ambos os filmes. Já a versão Barcelona, deixa muito a desejar e, embora deixe em aberto uma possibilidade de continuação, nada é interessante o suficiente para revê-lo.