Escolas do munícipio de Aparecida de Goiânia avançam na identificação de doenças de neurodesenvolvimento

A Identificação precoce de neurodesenvolvimento em crianças é crucial para implementar medidas efetivas e melhorar a qualidade de vida delas. Saiba como a escola pode desempenhar um papel fundamental nesse processo
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Segundo a Agência Brasil Central (ABC), vinculada ao Governo de Goiás, nos últimos anos, mais de 300 escolas estaduais foram equipadas com salas de aula inclusivas. Esse avanço proporciona acesso à educação de excelência para cerca de 17 mil estudantes com diferentes necessidades, incluindo 26 escolas em Goiânia e 11 em Aparecida.

De acordo com Nilza Sousa, psicopedagoga da rede municipal de ensino de Aparecida de Goiânia, “a escola, por meio de profissionais qualificados, pode identificar indícios de doenças cognitivas e de neurodesenvolvimento pela observação de comportamento, dificuldades de aprendizagem e socialização, problemas com habilidades motoras, entre outros aspectos. Após notar sinal(is) de doença cognitiva ou de neurodesenvolvimento, a escola entra em contato com os pais da criança para uma reunião de apresentação de desempenho, onde eles são instruídos a buscarem um neurologista para diagnóstico. Contudo, nem sempre esse diagnóstico é bem aceito pelos pais”.

A dona de casa Elisângela Santos teve apoio da escola onde seu filho estuda para identificação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) que seu filho Nicolas, de 07 anos possui.

“desde bebezinho sempre notei que ele era diferente, mas nunca tive instrução dos médicos quando consultava ele e também não tenho estudo, né? Graças a Deus tive apoio da escola que me ajudou a procurar o neurologista e iniciamos os tratamentos, hoje ele desenvolve bem dentro do limite dele, a compreensão e ajuda da nossa família foi muito importante nesse processo”.

A psicóloga Gisselly Delmond alerta para os malefícios de não ter esse diagnóstico logo na infância: “não identificar doenças nas fases iniciais da vida pode ter impactos significativos no desenvolvimento psicológico do indivíduo. A ausência de tratamento compromete não apenas a capacidade adaptativa e comportamental na escola, mas também afeta a dinâmica familiar, onde os sintomas, se forem reconhecidos, os familiares podem buscar por ajuda médica, antes do início da fase escolar”.

Para a criança já diagnosticada com transtorno cognitivo, é essencial que o ambiente escolar ofereça salas de aula inclusivas, suporte individualizado e avaliações adaptadas, oferecendo melhoria de vida e preparação para vida adulta.

“A criança com transtorno deve ser educada e apoiada de forma a promover uma convivência inclusiva e benéfica para todos”, explica Nilza.

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