Alta demanda e carência de estrutura: Os desafios do Transporte Coletivo em Goiânia

Com a crescente demanda e a falta de infraestrutura, o Transporte Coletivo em Goiânia permanece como um problema recorrente para a população
abr 29, 2024
Tempo de leitura: 3 min

O transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia tem sido alvo de críticas e reclamações por parte da população há anos. Em constante expansão e com uma economia em desenvolvimento, a demanda por serviços de transporte coletivo tem aumentado significamente. No entanto, a infraestrutura e a quantidade de veículos disponíveis muitas vezes não conseguem acompanhar esse crescimento, deixando os cidadãos enfrentando longas esperas, superlotação e serviços inadequados. Segundo dados do IPEA, 39% dos brasileiros consideram os serviços de transporte coletivo ruim ou muito ruim.

Com a urbanização em ritmo acelerado e o consequente aumento do número de residentes e trabalhadores na cidade, o sistema de transporte coletivo está sob pressão para atender às necessidades de uma população em constante movimento. Escolas, universidades, áreas comerciais e industriais geram um fluxo diário de pessoas que dependem do transporte público para se locomover.

É de extrema importância para mim, pois dependo do transporte coletivo para ir ao meu ambiente de trabalho e também para ir à Universidade. Não tenho outro meio de transporte que eu possa acessar.
Diz Thalita Alves, estudante da UFG
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Apesar da demanda crescente, a infraestrutura e a frota de veículos do transporte coletivo em Goiânia continuam a ser inadequadas. Muitas linhas operam com intervalos longos entre os ônibus, levando as esperas prolongadas nos pontos, principalmente em horários de pico. Além disso, a superlotação é uma ocorrência comum, com passageiros muitas vezes viajando em condições desconfortáveis e inseguras.

Além de ser lotado, os horários de espera entre um ônibus e outro demora demais. Nesse horário, era pra ser mais flexível, mas eles aumentam ainda mais o tempo de espera. As condições também deixam a desejar, teve vários momentos em que o transporte estava em rota e acabou quebrando no meio do caminho, atrasando vários compromissos. Eu acredito que deve aumentar a circulação e ter mais ônibus em rota para evitar esses acontecimentos.
Afirma a Operadora de Telemarketing, Daiane Lima
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Não somente os passageiros, mas os motoristas de ônibus também enfrentam dificuldades diárias. Lidar com o tráfego, horários, comportamento dos passageiros e, muitas vezes, condições precárias das vias são apenas alguns dos desafios enfrentados por esses profissionais.

Encarar o trânsito da cidade, principalmente em horário de pico, é sempre desafiador. Atrasos viram rotina, infelizmente. As condições precárias nas vias e pontos de parada acabam atrapalhando a pontualidade. A falta de infraestrutura adequada, como por exemplo, as pistas exclusivas para ônibus, torna o trabalho ainda mais difícil, e também, muitas das vezes, estressante.
Diz Iron Pereira, motorista de ônibus
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Em 2024, o atual governador do Estado, Ronaldo Caiado, anunciou um plano de governo que prevê um investimento de R$1,6 bilhão para reestruturar o transporte coletivo na região. A iniciativa visa eletrificar o Eixo-Anhanguera até o final do ano, além de promover uma reformulação completa do órgão responsável pelo transporte público, agora denominado Projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).

O plano envolve uma parceria entre o governo estadual e as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira. A primeira fase do projeto prevê a introdução de 400 novos ônibus este ano, com a meta de alcançar 1.200 veículos na frota até março de 2026.

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