Tranformação digital na agricultura

A transformação digital tem se tornado cada vez mais necessária em vários segmentos da indústria.
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A combinação de condições do solo, clima, relevo, ciência, tecnologia, políticas públicas e competência dos agricultores tornou o Brasil um dos líderes mundiais na produção e exportação agrícola. 

Projeções recentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam que a produção de grãos poderá passar do atual patamar de 230 milhões de toneladas podendo chegar a entre 300 e 350 milhões de toneladas na safra de 2027/2028. 

A modernização da agricultura brasileira e sua eficiência produtiva formam o suporte para esse desempenho. 

Essa “digitalização da agricultura” pode ser entendida como interdisciplinar e transversal, não limitada a culturas agrícolas, regiões ou classe de produtores. 

O ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) anunciou a combinação do primeiro Plano de Transformação Digital (PTD). 

A Coordenadora-Geral de Tecnologia da Informação do MDA, Samantha Almeida Gomes falou sobre as expectativas.

“O plano de transformação digital é essencial para modernizar o setor agrário, tornando-o mais eficiente, sustentável e resiliente. Este é um passo crucial para garantir que a agricultura familiar continue a ser uma força vital na economia e na sociedade brasileiras. Com estas medidas, o MDA reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inclusão digital, assegurando que todos os agricultores familiares tenham as ferramentas necessárias para prosperar na era digital”, resumiu. 

Tecnologias emergentes em campo

  • Sensores e IoT: Uso de sensores no solo e nas plantas para monitorar níveis de umidade, nutrientes, e temperatura, permitindo uma irrigação e fertilização mais eficiente. 
  • Drones e Imagens de Satélite: Utilização de drones e satélites para mapeamento de culturas, identificação de pragas e doenças, monitoramento da saúde das plantas e avaliação de colheitas. 
  • Inteligência Artificial e Machine Learning: Aplicação de IA e aprendizado de máquina para prever padrões climáticos, otimizar o uso de recursos, prever safras e melhorar a gestão agrícola. 
  • Agricultura de Precisão: Uso de dados georreferenciados e tecnologias de GPS para otimizar o plantio, a aplicação de insumos e a colheita, reduzindo desperdícios e custos. 
  • Blockchain: Adoção do blockchain para rastrear a cadeia de suprimentos, garantindo a segurança e a transparência dos alimentos do campo à mesa. 

No entanto, as aplicações com maiores diferenças percentuais entre aplicações atuais e futuras estão relacionadas a tecnologias mais complexas que envolvem a detecção no controle de deficiências nutricionais (35%), doenças (33%), pragas (32%), falhas operacionais (29%), deficit hídrico (27%) e plantas daninhas (24%). Destacam-se também as aplicações nas estimativas de produção e produtividade (27%) e no mapeamento do uso do solo (21%). 

Beneficios da transformação digital na agricultura

  • Aumento da Produtividade: Como as novas tecnologias permitem maximizar a produção com o uso mais eficiente de recursos, como água, fertilizantes e pesticidas. 
  • Redução de Custos: Mostrar exemplos de agricultores que reduziram custos operacionais através da automatização de tarefas e da otimização de processos. 
  • Sustentabilidade e Impacto Ambiental: Explicar como a tecnologia ajuda a diminuir o impacto ambiental da agricultura, promovendo práticas mais sustentáveis, como o uso racional de água e energia. 
  • Resiliência Climática: Abordar como a transformação digital ajuda os agricultores a se adaptarem a mudanças climáticas e condições adversas, por meio de previsões mais precisas e gerenciamento proativo. 

Exemplos de aplicações digitais no desenvolvimento sustentável

Fonte: United Nations Global Compact. Digital Agriculture. 2017. 

Estudo recente da Embrapa ³ destaca que, nesse paradigma, os negócios convencionais se desenvolverão sob a ótica do mercado digital, no qual o relacionamento entre consumidores e clientes será fortalecido por meio dos ecossistemas empresariais, do uso intensivo da automação e da convergência das TICs na agricultura. 

Diminuir a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas devem integrar agendas públicas e privadas nas próximas décadas. 

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