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Imagem destacada: Disney

Atriz protagonista Halle Bailey ao lado de imagem da princesa Ariel do longa-metragem de animação

Jordan Strauss/Invision/AP/Shutterstock/Walt Disney

Com estreia marcada para esta quinta-feira (25), o mais recente live-action da Disney “A Pequena Sereia” (2023) causa polêmicas desde a divulgação da atriz principal Halle Bailey, cuja raça se difere da princesa Ariel da animação cujos cabelos são ruivos e pele clara, Halle, de 23 anos, com pele negra, dreads e 2 indicações ao Grammy Awards por suas produções musicais, junto a uma indicação à Associação Nacional Pelo Progresso de Pessoas de Cor Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia, sofre diariamente com duras críticas e ataques racistas por meio das redes sociais.

Por exemplo, o trailer do longa-metragem disponível no YouTube está com os comentários desativados e, de acordo com o portal de notícias Terra, acumula mais de 1,5 milhão de “dislikes” desde 15 de setembro do ano passado. Fato que demonstra a reação negativa diante de uma simples troca de raça da protagonista. Um dos diretores da mais recente produção cinematográfica de A Pequena Sereia, Rob Marshall, pronunciou-se a respeito das alegações racistas ao portal O Globo e lastimou “Foi algo tão arcaico. Não acreditei que estávamos discutindo a cor de pele de alguém em pleno século XXI.” Ademais, Halle também disse que dialogou com  seus avós e pediu orientação após a chuva de ataques racistas, em entrevista à revista Vogue Britânica.

Outrossim, hashtags foram utilizadas na rede social Twitter com a frase #NotmyAriel, junto a diversas críticas à falta de “fidelidade” ao desenho original. Entretanto, a atriz e cantora revelou à revista People que estava concentrada em desenvolver sua personagem e se entregar ao papel. Além de reconhecer o quão importante era representar diversas crianças negras nas telonas. Portanto, os ataques, de certa forma, serviram de combustível para que Halle entregasse o máximo de seu potencial ao papel designado. 

Em suma, é evidente os malefícios do racismo e a crueldade da sociedade racista no tocante ao assunto exposto. Mas, a atriz Halle Bailey se superou e mostrou que uma rede de apoio, tanto familiar, já que a artista recorreu aos avós em busca de orientação, quanto profissional, ao ter apoio do diretor e da equipe do filme. Gerou grande incentivo e a fez continuar e dar o seu melhor no live-action dessa produção que marcou gerações. A magia do filme vai além de qualquer tom de pele e aparência. Que continuemos a evoluir e inserir mais representatividades nas produções culturais.

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