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Mariana Rocha
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O longa-metragem Desaparecida (Missing) foi lançado nos cinemas no início do mês de março deste ano e chegou à plataforma de streaming HBOMax no mês passado. A obra se passa em formato screen life ou desktop movie, gênero narrativo no qual tudo acontece em telas, seja de notebook, celular, câmeras de segurança, tablet e smartwatch. Cuja direção e roteiro foram feitos por Nicolas D. Johnson e Will Merrick, ambos também envolvidos na realização da obra lançada em 2018 denominada Buscando (Searching), cujo universo é o mesmo de Desaparecida.

O filme se baseia no desaparecimento de Grace Allen (Nia Long), mãe da adolescente de 18 anos June Allen, protagonista da trama, vivida por Storm Reid, que também ficou conhecida por seus trabalhos memoráveis em The Last of Us e Euphoria.. Após não retornar de suas férias na Colômbia com seu novo namorado Kevin Lin (Ken Leung), Grace preocupa sua filha, a qual inicia uma busca incessante pelo paradeiro da mãe e do padrasto se utilizando de ferramentas digitais para rastrear seus últimos passos. Visto que a burocracia internacional prejudica e atrasa June na retenção de informações, mas a cada nova descoberta surgem mais dúvidas e June desconfia e acredita que há mais história por trás do que sua mãe dizia.

Produção do filme

Em entrevista ao portal Arroba Nerd, os diretores afirmaram que o longa-metragem demorou quase três anos para ser produzido, foram mais de 20 dias de gravação e quase 3 anos de produção das animações e gráficos das telas e do computador do longa. Além disso, Nicholas alegou que as filmagens não seguiram ordem cronológica e foram feitas de maneira “estranha” a fim de obter o melhor aproveitamento dos atores. E ainda acrescentou “… o principal, a estrutura estava lá, mas muito da execução, e o que realmente aconteceu em cada cena, mudou constantemente.”

Como a trama em Desaparecida se desenvolve

Grace cria June sozinha após o falecimento de seu marido, James, cuja causa da morte foi um tumor cerebral. Porém esse caminho têm sido difícil já que June se encontra em uma fase de revolta, na qual usa drogas e consome bebidas alcoólicas mesmo sem ter a idade mínima para isso. Grace, relutante, decide viajar com seu novo namorado para a Colômbia a fim de ter um momento romântico e descansar e deixa June sozinha em casa. No dia em que June fica encarregada de buscar sua mãe e seu padrasto no aeroporto eles não passam pelo portão de desembarque.

Ao perceber que algo não estava correto, June inicia sua busca e se utiliza de todos os recursos digitais possíveis para encontrar respostas do paradeiro de Grace. Com sua inteligência, habilidade e familiaridade com a internet e tecnologia, a adolescente acessa câmeras públicas na Colômbia, descobre senhas de contas de seu padrasto e contrata um prestador de serviços de outro país. Assim, June enfrenta sozinha, com o mínimo de apoio de um agente federal e de sua melhor amiga Veena, a experiência desesperadora de ter sua mãe desaparecida.

Afinal… Vale a pena assistir ao longa-metragem?

Esse suspense tecnológico pode agradar ou desagradar os espectadores, por ser em formato narrativo screen life, o filme gera desconforto visual pela quantidade de informações existentes, além de não ter uma excelente qualidade de vídeo, já que o objetivo é reproduzir a qualidade das câmeras de aparelhos eletrônicos. Além disso, alguns espectadores podem se decepcionar com o desenvolvimento da trama.

Entretanto, para aqueles que gostam de produções como Black Mirror, série da Netflix, que envolvem suspense, tecnologia e vigilância, o longa-metragem pode ser ideal e de tirar o fôlego. Desaparecida aborda problemáticas de forma bem imprevisível e se mantém instigante ao longo dos acontecimentos, é uma excelente escolha com várias reviravoltas e um final inesperado.

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