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Entre diversos serviços de streaming atuantes no país, a Netflix é a opção preferida de grande parte dos usuários. A plataforma surgiu em 2011 e, atualmente, conta com 3 planos para assinatura: Premium, com qualidade de vídeo excepcional e até 4 telas simultâneas; Padrão, com qualidade de vídeo ótima e até 2 aparelhos simultaneamente e o Padrão com anúncios, com também qualidade de vídeo ótima mas somente uma tela disponível.
Quando o assunto é maiores custos, a queridinha dos usuários também ocupa o primeiro lugar. Seu plano básico (com anúncios) é oferecido pelo preço de R$ 18,90, o padrão por R$ 39,90 e o avançado por incríveis R$ 55,90, em parcelas mensais.
Recentemente, a Netflix anunciou mudanças no compartilhamento de contas. Segundo o informativo, cada assinatura só poderá ser utilizada em uma única residência e, nos casos em que não houver o cumprimento da regra, os usuários terão a opção de transferência de perfis de terceiros, ou torná-los dependentes pelo preço adicional de R$ 12,90 por mês.
Algumas questões surgem quanto ao novo estilo de funcionalidade. A primeira delas: o Código Civil brasileiro não restringe a nenhum cidadão o limite de uma única residência. Mas, o que dá o poder à Netflix de impor essa limitação aos consumidores para o uso da plataforma?
Há algum tempo, o compartilhamento de senhas foi a justificativa para a redução de pagantes da plataforma. Entretanto, é válido relembrar que a concorrência de serviços de streamings com bons catálogos e menores preços cresceu nos últimos tempos. Um usuário do Twitter observou que, se um assinante Premium (com até 4 telas disponíveis) compartilha a assinatura com outras 3 pessoas que residem em diferentes locais – como comumente acontece, numa situação em que não há nada de errado – o valor final será de R$ 94,60 por mês. Em contrapartida, é possível realizar a contratação de outros 7 serviços de streamings que estão atualmente em alta pelo total de R$ 94,51.
Diante dos números, não é tão difícil chegar a uma conclusão. Compartilhamento de contas não deveria ser um déficit na quantidade de assinaturas, mas a Netflix detém preços exagerados para um conteúdo que pode, facilmente, ser ultrapassado por outra plataforma em termos de qualidade, e que cobre menos de um terço do valor.