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Foto: Arquivo pessoal – do lado esquerdo, Raiane Silva, do lado direito, Sinval Lopes

Olá pessoal, eu sou o Sinval Lopes, estudante de jornalismo do Centro Universitário FASAM, e tenho o prazer de convidar vocês para os bastidores de uma reportagem produzida por mim, e Raiane Silva, ambos, graduandos do 7° período de jornalismo.

O que motivou esta série de reportagens?

Eu me lembro da data em que esta reportagem nasceu, marcava 17 de Maio de 2021, pouco tempo depois do pico das mortes provocadas pela covid-19. Estava abalado, não conseguia mais assistir os noticiários e ver tantas vidas exemplificadas por números. Surgiu a oportunidade na disciplina de produção multimídia a oportunidade de escrever uma reportagem sobre as mortes da covid-19.

Não hesitei, quis humanizar todos aqueles números que todos os dias estavam no noticiário. Decidi então trazer os números para estatísticas que as pessoas conseguem enxergar de forma mais próxima. Foi aí que decidi exemplificar da seguinte maneira:

  • Um avião boeing 737, com capacidade de até 215 passageiros
  • Um ônibus com capacidade para 48 pessoas
  • E por fim, um exemplo tipicamente brasileiro, o estádio do Maracanã, com capacidade para até 78.838 pessoas.

Pois bem, estavam ali os meus exemplos. A necessidade de humanizar a vítima era algo latente em minhas mãos de jornalista, era preciso mais do que escrever, era preciso contar quantas pessoas haviam morrido em decorrência da covid. A cada gráfico construído, eu parava, respirava, e tentava continuar. Afinal de contas, por mais que sejamos técnicos, somos humanos. Finalizei a reportagem fazendo um pedido para os meus leitores, que respeitassem as medidas de segurança contra à covid-19.

A necessidade da humanização dos números da Covid-19

Neste ano, faltando dois meses e alguns dias para completar um ano de publicação, o número de mortos subiu assustadoramente. Na primeira reportagem, eram 435.823 vidas perdidas. Hoje, 14 de Março de 2022, são 655.139 mortes. Poderia eu retornar para a primeira reportagem e refazer todos os cálculos, mas em vez disso, optei por ouvir relatos, histórias de pessoas que perderam parentes para à covid-19.

Foi aí que tive a oportunidade, com todo respeito, ouvir a história do seu Hiran Milhomem dos Santos, do seu Lázaro Calazenço, e da médica Graça Nascimento. Nesta grande reportagem multimídia, eu e Raiane silva, também percorremos dois cemitérios da cidade de Goiânia. Conversamos com um agente funerário, que preferiu não gravar entrevistas, mas relatou a sobrecarga de trabalho e com outros três coveiros.

A cada história, a oportunidade de humanizar os relatos, é com muita humildade e respeito que apresento-lhes o resultado desta grande reportagem multimídia. Saliento aqui os devidos agradecimentos ao mestre e doutor em comunicação Rainiê Solarevisky por todo afinco com o nosso aprendizado dia após dia, aula após aula. O nosso muito obrigado.

Escrito por Sinval Lopes, em 14/03/2022 às 20h11

4 thoughts on “Bastidores: A realidade das vidas por trás dos números da covid”

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