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Pipeline: começou ontem a partir das 15h (GM-3), a primeira bateria do Billabong Pro Pipeline. Com um mar que não é característico do pico de Banzai Pipeline, o dia de competições sediou todas as baterias masculinas das classificatórias e da repescagem.
Contando com performances sensacionais dos dez brasileiros participantes, apenas Jadson André foi eliminado logo no dia 1 da etapa, devido à uma lesão que não o permitiu uma boa performance nas ondas.
João Chumbinho faz a maior nota do dia
O evento começou logo com uma bateria com Miguel Pupo (BRA), que não apenas pegou a primeira onda do ano no WCT como também avançou para a rodada dos 32 na liderança. Na segunda bateria veio logo João “Chumbinho” Chianca, batendo de frente contra Kanoa Igarashi (JPN) e Jake Marshall (EUA).
O rookie do CT em seu segundo ano não se deixou acovardar com os adversários; Chumbinho se dá bem com as ondas de Pipeline, apesar de que no início do dia o pico estava rendendo majoritariamente Backdoor. Ano passado, Chumbinho ficou em nono lugar no evento.
Surfando uma onda que o rendeu 8.50, sua nota foi a maior do dia de competições que abriu a temporada de 2023 para o Circuito de Elite.
Ano passado foi um ano super importante e emocionante para mim, percebendo que aqui é onde eu quero estar pelo resto da minha carreira. Aquela onda me deu um déjà vu da temporada passada porque a minha primeira onda foi um 8.43 e esse ano foi ainda melhor. Eu estava bem animado para surfar Backdoor, e Pipeline é o meu lugar feliz, então eu estou eufórico.
Afirmou Chumbinho.
Medina x John John Florence: bateria mais esperada do dia
Após baterias sensacionais com foi a de Caio Ibelli (BRA) contra Kelly Slater (EUA) e Carlos Munoz (CRC), em que o brasileiro saiu liderando com 10.44 na frente de Slater, que foi campeão no ano passado, os fãs do esporte estavam ficando cada vez mais estáticos: na última bateria das classificatórias entrou Gabriel Medina (BRA) e John John Florence (HAV), competindo também contra Leonardo Fioravanti (ITA).
O surfista italiano não teve chance; com um tricampeão e um bicampeão mundial disputando pelas duas vagas para avançar à rodada dos 32, a somatória final de Fioravanti foi 1.60, o enviando direto para as eliminatórias.
Com uma disputa acirrada, os dois surfistas vieram forte. O quintal da casa de JJ Florence é Pipeline, então é a onda em que o havaiano está acostumado, e ao abrir a bateria pegando um tubinho que lhe faturou 3.67, o surfista mostrou que não estava afobado.
Mas apesar de Gabriel Medina não ter surfado na etapa ano passado por ter se retirado pela sua saúde mental dias antes do campeonato, o brasileiro desapareceu em um tubo de Backdoor e ressurgiu firme, ganhando um belo 7.67 em retorno. JJ não deixou barato e dropou em Backdoor também, mas não foi páreo para Medina, que levou a bateria no final com 10.84 contra os 10.00 da somatória de Florence.
É incrível estar de volta no Havaí, é um lugar muito especial para mim. Me deu muitas memórias boas e com sorte, as ondas vão ficar melhor para a próxima rodada, mas eu estou feliz com a vitória. Aquela onda (de Backdoor) foi longa, eu vi ela vindo […] então eu dei uma chance.
Disse Medina em entrevista após bateria.
Jadson André surfa, vira, mas é eliminado de Pipeline
Jadson André foi o primeiro brasileiro a ser eliminado do primeiro evento do WCT para a temporada. Tendo lesionado no joelho, o atleta apareceu em muletas na transmissão da WSL momentos antes de entrar para a bateria das classificatórias. Junto à isso, o surfista cometeu uma interferência nos primeiros segundos dentro d’água, e com notas baixíssimas, ele foi para a repescagem.
No meio termo, Jadson postou em seu Instagram uma mensagem em tom de despedida:
Vou entrar no rd2 pois não sei quando irei colocar novamente a lycra de competição e competir é uma das coisas que mais amo fazer na vida. Obrigado a todos pelo carinho e prometo que irei voltar mais forte ainda.
No começo da sua eliminatória, Jadson veio com força. Era perceptível que ele lutava contra o joelho, mas não deu corpo mole. Faltando pouco mais de seis minutos para o fim da bateria, o atleta virou contra todas as expectativas e subiu para a primeira posição. No entanto, a sua sorte não durou muito e logo depois seus adversários fizeram notas mais altas cada um, em sequência. Jadson foi eliminado e se despede da temporada deste ano.
Resumo das baterias do dia 1 em Billabong Pro Pipeline
Classificatórias
BATERIA 1: Miguel Pupo (BRA) 12.50. Nat Young (USA) 10.17, Ian Gentil (HAW) 6.94;
BATERIA 2: Joao Chianca (BRA) 12.83. Jake Marshall (USA) 10.70, Kanoa Igarashi (JPN) 1.00;
BATERIA 3: Ethan Ewing (AUS) 6.20. Liam O’Brien (AUS) 6.06, Kolohe Andino (USA) 4.30;
BATERIA 4: Ezekiel Lau (HAW) 8.54. Jack Robinson (AUS) 8.50, Jadson Andre (BRA) 0.23;
BATERIA 5: Seth Moniz (HAW) 8.50. Italo Ferreira (BRA) 5.20, Imaikalani deVault (HAW) 2.04;
BATERIA 6: Filipe Toledo (BRA) 6.00. Jackson Baker (AUS) 5.93, Joshua Moniz (HAW) 1.50;
BATERIA 7: Griffin Colapinto (USA) 9.84. Barron Mamiya (HAW) 9.33, Michael Rodrigues (BRA) 9.10;
BATERIA 8: Caio Ibelli (BRA) 10.44. Kelly Slater (USA) 8.60, Carlos Munoz (CRC) 0.50;
BATERIA 9: Jordy Smith (RSA) 10.66. Connor O’Leary (AUS) 9.27, Maxime Huscenot (FRA) 1.96;
BATERIA 10: Rio Waida (INA) 9.16. Samuel Pupo (BRA) 6.50, Matthew McGillivray (RSA) 6.46;
BATERIA 11: Ryan Callinan (AUS) 9.57. Callum Robson (AUS) 7.90, Yago Dora (BRA) 2.13;
BATERIA 12: Gabriel Medina (BRA) 10.84. John John Florence (HAW) 10.00, Leonardo Fioravanti (ITA) 1.60.
Eliminatórias/repescagem
BATERIA 1: Kanoa Igarashi (JPN) 11.03. Michael Rodrigues (BRA) 9.03, Joshua Moniz (HAW) 8.87;
BATERIA 2: Yago Dora (BRA) 13.43. Maxime Huscenot (FRA) 8.27, Imaikalani deVault (HAW) 4.33;
BATERIA 3: Leonardo Fioravanti (ITA) 7.60. Carlos Munoz (CRC) 7.14, Matthew McGillivray (RSA) 6.93;
BATERIA 4: Kolohe Andino (USA) 9.43. Ian Gentil (HAW) 8.13, Jadson Andre (BRA) 4.87.
Billabong Pro Pipeline
A primeira chamada para o dia 2 do Billabong Pro Pipeline será às 14h30 (GMT-3) na quinta (2). Acompanhe pelo site, aplicativo ou canal oficial da WSL no YouTube. Confira o chaveamento da rodada dos 32 masculina e das classificatórias femininas:
Rodada dos 32 (masculina)
BATERIA 1: Italo Ferreira (BRA) vs. Ian Gentil (HAW)
BATERIA 2: Jordy Smith (RSA) vs. Nat Young (USA)
BATERIA 3: Griffin Colapinto (USA) vs. Leonardo Fioravanti (ITA)
BATERIA 4: Callum Robson (AUS) vs. Jackson Baker (AUS)
BATERIA 5: Ethan Ewing (AUS) vs. Liam O’Brien (AUS)
BATERIA 6: Seth Moniz (HAW) vs. Barron Mamiya (HAW)
BATERIA 7: Caio Ibelli (BRA) vs. Ezekiel Lau (HAW)
BATERIA 8: Samuel Pupo (BRA) vs. Ryan Callinan (AUS)
BATERIA 9: Filipe Toledo (BRA) vs. Carlos Munoz (CRC)
BATERIA 10: Yago Dora (BRA) vs. Kelly Slater (USA)
BATERIA 11: Connor O’Leary (AUS) vs. Rio Waida (INA)
BATERIA 12: Kanoa Igarashi (JPN) vs. João Chianca (BRA)
BATERIA 13: Jack Robinson (AUS) vs. Michael Rodrigues (BRA)
BATERIA 14: Gabriel Medina (BRA) vs. Jake Marshall (USA)
BATERIA 15: John John Florence (HAW) vs. Kolohe Andino (USA)
BATERIA 16: Miguel Pupo (BRA) vs. Maxime Huscenot (FRA)
Classificatórias femininas
BATERIA 1: Tatiana Weston-Webb (BRA) vs. Caroline Marks (USA) vs. Teresa Bonvalot (POR)
BATERIA 2: Carissa Moore (HAW) vs. Bettylou Sakura Johnson (HAW) vs. Alyssa Spencer (USA)
BATERIA 3: Stephanie Gilmore (AUS) vs. Macy Callaghan (AUS) vs. Moana Jones Wong (HAW)
BATERIA 4: Brisa Hennessy (CRC) vs. Isabella Nichols (AUS) vs. Sally Fitzgibbons (AUS)
BATERIA 5: Lakey Peterson (USA) vs. Gabriela Bryan (HAW) vs. Caitlin Simmers (USA)
BATERIA 6: Courtney Conlogue (USA) vs. Tyler Wright (AUS) vs. Molly Picklum (AUS)
Foto em destaque: Tony Heff/WSL.
Esse texto foi escrito pela equipe do Arquibancada, de autoria de Tayná Freitas.