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Mateus dos Santos

Você já se perguntou como deve ser a vida de um técnico de futebol? Como que são as relações com as famosas diretorias de um time de futebol? Pois bem, o Lab Notícias conversou com o técnico do Atlético-GO, Jair Ventura, sobre o cotidiano de um treinador de futebol no estado de Goiás, tendo em vista que o técnico já treinou duas grandes equipes do Estado, Goiás E.C. e o então rival Atlético-GO.

O técnico Jair Zaksauskas Ribeiro Ventura, natural do Rio de Janeiro, o técnico com 44 anos possui passagens por grandes clubes e um currículo invejável. Já treinou times como Botafogo, Corinthians, Sport e Santos. Jair nos contou um pouco sobre a sua experiência de como foi trabalhar no Estado de Goiás, falou um pouco sobre a torcida goiana e também sobre as diferenças de se treinar um time fora do eixo sul-sudeste, tal eixo que domina o futebol nacional. Confira a entrevista:

Foto: Assessoria de Imprensa Atlético-GO

Lab Notícias: Como foi o primeiro contato com os clubes? Quais foram suas primeiras impressões sobre a diretoria dos clubes goianos?

Jair Ventura: Bom, os times goianos tem um contato muito grande com o povo, você pode ver que são clubes bem próximos a sua torcida. E quanto as diretorias são bem profissionais, diferente que muitas pessoas pensam, não sei a razão de se pensar ao contrário, mas por conta de não se tratar de times com grande visibilidade as pessoas consideram como desorganizados, mas sinceramente os times goianos estão muito bem geridos.

Lab Notícias: Como é o início dos trabalhos com o elenco? Você enxerga alguma diferença nos atletas que jogam aqui em Goiânia e no tratamento deles com as comissões técnicas?

Jair Ventura: Olha o início com os jogadores é bem corrido, igual em qualquer clube, requer um estudo maior sobre o elenco e sobre a situação do time, por exemplo, assumi o Atlético-GO no meio do campeonato com o time muito pressionado, ai cabe ao técnico gerir seus atletas. E como eu disse, as ‘coisas’ por aqui (Goiás) são bem profissionais e não seria diferente com os atletas, jogadores muito competentes e que a cada jogo se doam pelo resultado.

Lab Notícias: As torcidas goianas são conhecidas por serem muito apaixonadas. Você sente isso aqui também? Como isso afeta o seu trabalho como treinador?

Jair Ventura: Se eu fosse falar para você de uma coisa que eu mais gosto em treinar times goianos é essa torcida. É uma torcida muito participativa, como disse antes, participam muito do dia a dia do clube, no estádio cantam como ninguém, o clima é muito favorável para o time da casa. E em afetar meu trabalho, só se for positivamente, pois é um grande apoio que a gente recebe, mas óbvio sempre vai existir a pressão da torcida, mas isso é por conta da grande paixão, é só desejo de ver seu time em uma melhor fase.

Lab Notícias: Falando dos clássicos, como é jogar um clássico aqui em Goiânia? E tem algum que você guarda em especial?

Jair Ventura: Jogar clássico é sempre especial, seja em qualquer lugar sempre vai ser um grande evento. Já joguei clássicos no Nordeste, Sul e Sudeste, mas jogar um clássico em Goiânia é realmente muito especial. Seja por conta da torcida que move uma cidade inteira no dia do jogo ou seja por conta da vontade que os jogadores tem de ganhar o jogo. Olha vou falar sobre o último clássico aqui no Atlético-GO contra o Vila Nova, perdemos o jogo, infelizmente, mas foi um jogo que eu pude corrigir várias pontas soltas no time, e isso nos ajudou na conquista do acesso.

Lab Notícia: Baseado nos últimos resultados, o futebol goiano perdeu um pouco da visibilidade no cenário nacional, um exemplo foi a última copa do Brasil que os times goianos se despediram de forma prematura do torneio. Você concorda com essa afirmação? Se sim, o que fazer para mudá-la?

Jair Ventura: Eu acredito que o futebol seja de fases, a última Copa do Brasil mostrou que a fase não está com o melhor cenário possível mas não quer dizer que perdeu a visibilidade. Por exemplo, em 2022 o Atlético-GO foi para uma semi-final de Sul-Americana, então acredito que é uma fase ruim que com muito trabalho pode mudar.

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