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O Governo de Goiás lançou na manhã da última sexta-feira (22/03), a Campanha de Vacinação contra a Influenza. Para a efetivação da campanha, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) começou a distribuir aos munícipios, as doses da primeira remessa do imunizante enviada pelo Ministério da Saúde, com 240 mil unidades.
Conversamos com a Agente de Saúde, Jéssica Borges, atuante na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Atheneu, em Goiânia. Ela nos explica a importância, os benefícios e os principais detalhes do funcionamento da campanha.
LN: Quando se inicia e conclui o período de vacinação?
JB: O período de vacinação contra a Influenza esse ano está entre a data de 25 de março até o dia 31 de maio, porém, aqui em Goiás, nós antecipamos e já estamos vacinando desde o dia 20 de março. É bom ressaltar também que teremos o Dia D e que ele ocorrerá no dia 13 de abril, como todos os anos, é um dia importante onde todas as pessoas tem a possibilidade de vacinar devido acontecer sempre no sábado.
LN: A Campanha de Vacinação contra a Influenza tradicionalmente tem o seu início entre os meses de abril e maio em todo o Brasil. Qual a razão pela antecipação do imunizante neste ano?
JB: Exatamente. Neste ano, o Ministério da Saúde decidiu antecipar em 1 mês o início da vacinação contra a Influenza porque o país vem com uma alta de infecções respiratórias causadas por vírus, não somente o vírus da gripe, mas também o vírus da Covid-19. Para prevenir que os casos aumentem, a vacinação foi antecipada.
LN: Qual é a importância da vacinação contra a Influenza?
JB: Inicialmente, a importância da vacinação é proteger o público alvo, que no caso, é um público mais vulnerável ao vírus. Com a vacinação, nós podemos reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrente do vírus. Então, para isso, vacinamos o público alvo e isso acaba também refletindo na população geral.
LN: Qual é o público alvo da vacinação nessa primeira remessa?
JB: Neste ano, nós não dividiremos a vacinação em etapas, os grupos prioritários serão vacinados simultaneamente. Quem faz parte desses grupos prioritários são os trabalhadores da saúde, os idosos, as crianças de 6 meses à menores de 6 anos, gestantes puérperas, povos indígenas, profissionais da educação, pessoas com comorbidades [hipertensos, diabéticos, pessoas com deficiência permanente], trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, pessoas em situação de rua, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade a adolescentes e jovens em medidas socioeducativas. No final dessa etapa, será aberto para o público geral.
LN: Qual é a estimativa de pessoas que devem ser vacinadas em Goiás?
JB: A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% do público alvo, no caso, os grupos de risco. Aqui em Goiás, esse grupo prioritário comporta mais de 330 mil pessoas. O objetivo dessa vacinação é que esse público se vacine.
LN: Quais são os efeitos colaterais comuns da vacina e como eles podem ser amenizados?
JB: Um dos efeitos colaterais mais comuns da vacinação é a dor no local, e também pode acontecer um endurecimento, um caroço na região em que foi aplicada a vacina. Isso pode desaparecer em até 48 horas, ao longo desse período, o paciente pode tomar analgésico para que ele não sinta dor. Porém, esse efeito é apresentado entre 15% a 20% dos pacientes vacinados, então é um número baixo em relação a cobertura vacinal. Outros efeitos colaterais que podem ocorrer é a febre, mal estar e dor no corpo. O paciente também pode tomar o antitérmico para abaixar a febre. Todos esses medicamentos devem ser tomados apenas sob prescrição médica.
LN: Quais são os benefícios da vacina a longo prazo?
JB: Um dos principais benefícios da vacinação contra a Influenza é reduzir a circulação do vírus entre a população, no caso da vacina, ela previne contra 4 tipos de vírus da gripe, sendo eles: A, B, C e D.