Pauline Arroyo conta como foi o processo de criação da Feira das Minas

Produtora da Feira das Minas em Goiânia conta como fundou o projeto e como isso influenciou sua vida 
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Em entrevista, a produtora da Feira das Minas em Goiânia, Pauline Arroyo, revela que sempre teve o sonho de ser fotógrafa e devido à falta de condições, não poderia estudar. A feira começou como um brechó que tinha o intuito de ajudar financeiramente em casa e pagar pelos seus estudos.

A empresária conta que começou com um brechó online, onde tirava fotos das peças e postava em uma conta no instagram. Ela revela que mesmo postando com frequência não obtinha  lucros suficientes e então decidiu abrir um Bazar: “O online é bem diferente, pensei comigo mesma: ‘quem iria em um brechó que ninguém conhece?’, foi então que comecei a chamar pessoas que já estavam no mercado para participar, e quando vi já tinha virado uma feira”, diz Pauline.

Na entrevista, Pauline conta que o nome Feira das Minas surgiu pois no começo eram apenas ela e uma prima, e conforme o evento foi crescendo, decidiram voltar a feira apenas para o público feminino.

Ela também revela que no inicio sua rede de apoio se resumia apenas a sua familia e seus amigos, e com o tempo foi se expandindo.

Mesmo com muita organização e planejamento, a produtora diz que ainda encontra muitas dificuldades: “Perrengue é o que mais tem. Empreendedorismo é arriscar, você não pode empreender e querer viver em uma vida confortável, de que você vai ter um dinheiro certeiro ali todo mês de uma forma segura, empreender não é seguro”.

A empreendedora ainda ressalta que encontra muitos desafios, principalmente por ser uma mulher em posição de liderança, e que muitas pessoas não a respeitam. A criadora ainda reforça que por ser muito nova, sentiu a necessidade de mudar suas roupas para impor respeito a seus fornecedores e clientes.

A entrevistada fala brevemente de como as mulheres podem se inscrever na feira e como funciona a organização interna. Pauline diz que as inscrições começam todo dia 1°, com exceção dos fins de semana, pois assim tem um mês para a organização e arrecadação das expositoras. Ela também informa que dentro do site criado para feira, tem um termo para quem quer participar, contendo valores e explicando todo o processo de organização das participantes.

“Temos uma quantidade limite de inscrições dentro de cada categoria, para que não fiquem muitas expositoras com o mesmo produto, geralmente são de quatro a seis”, diz Pauline.

Pauline finaliza dizendo que ser empreendedora é ter um pouco de noção de tudo: “existem vários tipos de empecilhos e imprevistos, você precisa ter noção de tudo, financeiro, marketing, e mesmo assim ainda podem aparecer problemas, como por exemplo a chuva, que faz perder muito material, então você leva um prejuízo gigante. Às vezes você investe em algo achando que aquele dinheiro vai voltar em dobro e na verdade ele não volta. Empreender é isso, é correr risco”.

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