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Rayane Novais

Foto em Destaque: Imagem ilustrativa produzida pelo Ideogram, uma ferramenta orientada por Inteligência Artificial.

Em 2023, a Junta Comercial de Goiás (JUCEG) registrou 33.847 CNPJs e ultrapassou o recorde alcançado em 2021, com registro de 33.082 novos negócios.

Fatores que contribuíram para esse avanço:

Resumo por ChatGPT:

  • JUCEG como facilitadora: o crescimento na quantidade de empresas abertas foi influenciado pelo processo de desburocratização e digitalização que a Junta Comercial implantou em 2019, tornando mais rápido e ágil a criação de um novo empreendimento. 
  • Apoio SEBRAE Goiás: O Sebrae tem desempenhado um papel fundamental no apoio aos pequenos negócios, oferecendo suporte em áreas como gestão financeira, planejamento empresarial e estratégias de mercado.
  • Política de Linhas de Crédito Atrativa: Goiás oferece uma política de linhas de crédito atrativa, tanto para pequenas quanto para grandes empresas, o que contribui para o crescimento do empreendedorismo.

Importante

O ChatGPT é uma ferramenta de linguagem natural orientada por Inteligência Artificial. As informações em resumo foram apuradas pela jornalista responsável pela matéria. A ferramenta apenas resumiu o texto em tópicos para que o leitor pudesse compreender de forma rápida os motivos que transformaram Goiás em um Estado promissor para novos empreendimentos.

Veja no gráfico abaixo, o crescimento do Estado em abertura de novas empresas nos últimos oito anos.

Gráfico: JULIUS
Dados disponíveis no site do Governo do Estado de Goiás

Importante

O gráfico foi montado por uma ferramenta de Inteligência Artificial – JULIUS – que analisa planilhas de dados estruturados e faz montagens de gráficos. Os números citados estão disponíveis no site do Governo do Estado de Goiás e a ferramenta foi utilizada apenas para facilitar a leitura de forma visual.

Conforme mostra o gráfico, em 2021 o crescimento foi significativo principalmente quando comparado com os anos anteriores. O presidente da JUCEG, Euclides Barbo Siqueira, explicou os fatores que proporcionaram esse aumento.

É sabido que, onde existe burocracia, é comum que as pessoas optem pela informalidade, o que não é o nosso caso. 2021 foi um período de ascensão natural pós-pandemia, quando muitos buscaram reaver seus sonhos e projetos. Além disso, Goiás ainda conta com uma política de linhas de crédito muito atrativa, tanto para pequenas quanto para grandes empresas que aqui se instalam, pontuou o presidente.
GB Calçados – Uma marca lançada em 2021

A GB Calçados, é um exemplo de sonho e projeto que saiu do papel em 2021. A marca que leva o nome de sua idealizadora, Gleicy Borges, foi lançada com a proposta de oferecer peças coloridas, versáteis e elegantes – para encantar, transformar e empoderar mulheres.

A ideia inicial era revender calçados, mas logo eu descobri que tinha possibilidade de criar a minha própria marca. Fiz um investimento com o valor que eu tinha – apenas R$ 600,00 e lancei a primeira coleção, contou a empreendedora.

Gleicy Borges – Empreendedora. Foto: Acervo pessoal / Instagram.

A loja é online e as vendas acontecem no Site e no Perfil Oficial no Instagram. A primeira coleção foi lançada com uma grade de 15 pares, distribuídos em cinco modelos.

A divulgação de lançamento foi feita por meio da gravação de um story no Instagram, que oferecia um desconto de 15%. Em 10 dias as peças se esgotaram e novas coleções foram criadas para atender a demanda.

Os desafios com a produção, modelagem e investimentos foram constantes, mas Gleicy considera que empreender envolve uma montanha russa de sentimentos que faz parte do processo.

O caminho não foi fácil e continua desafiador. 90% é desafio. Mas, os 10% são compostos por perseverança, determinação e muita força de vontade, o que é suficiente para seguir um dia de cada vez. Eu não tenho um plano B, esse é o único, e eu vou lutar todos os dias da melhor forma para fazer dar certo, acrescentou Gleicy.

Atualmente, a marca conta com um estoque de aproximadamente 500 pares de calçados e uma coleção aproximada de 56 pares em produção contínua. A empreendedora está sempre em busca de aprimorar a marca e tem participado de mentorias oferecidas pelo Sebrae com objetivo de crescer cada vez mais.

A novidade, é que Gleicy já se prepara para ampliar a GB. O próximo passo é montar um showroom, que será inaugurado em breve, para atender os clientes de forma presencial.

Não se trata apenas de vender sapatos, mas de criar uma conexão para que além de calçados, as clientes tenham também a extensão da sua identidade, finalizou a empresária.

Crescimento em 2021 – Nível Nacional

No ano de 2021 foram abertas 4.026.776 empresas no Brasil, um aumento de quase 20% em relação a 2020. No mesmo período foram fechadas 1.410.870 empresas, aumento de 34,6% quando comparado com 2020.

Mesmo assim, os resultados revelam um saldo positivo de 2.615.906 empresas abertas em 2021, com um número total de 18.915.002 empresas ativas.

Entre as atividades econômicas mais exploradas pelas empresas abertas no ano de 2021 estão: o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, promoção de vendas, cabeleireiros, manicure e pedicure, e obras de alvenaria.

As informações são do Boletim do Mapa de Empresas, do terceiro quadrimestre de 2021, divulgado pelo Ministério da Economia.

Expectativa em Goiás para 2024

Em 2024, a expectativa continua favorável. Só no mês de abril, Goiás registrou a abertura de 3.596 novas empresas. O número é 38% maior do que o registrado em abril do ano passado, quando foram abertos 2.604 novos negócios.

Até o momento, já são quase 14 mil novos negócios e desse total, 585 são empresas com capital social superior a R$ 500 mil.

São resultados que demonstram a força da economia goiana e a importância das ações para desburocratizar o processo de abertura de uma empresa, afirmou o governador Ronaldo Caiado.

Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis são os municípios que mais concentram empresas no Estado e as atividades que lideram o topo do ranking em aberturas de novos CNPJs são: serviços combinados de escritório e apoio administrativo, promoção de vendas, treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial, preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo e atividades de consultoria em gestão empresarial que não incluem consultoria técnica específica.

O que vimos foi que o estímulo alcançou todos os perfis de empreendedores. Isso movimenta a economia e possibilita desenvolvimento para o Estado, ponderou Euclides, presidente da JUCEG.

Segundo o ranking da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), Goiás é o estado que mais abriu empresas, em abril, entre todos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Ainda segundo os números da Redesim, o tempo de abertura de empresas em Goiás é menor que a média Brasil. Enquanto se gastam 20 horas para criar um novo CNPJ em Goiás, a média do país fica em 28 horas.

A Junta Comercial tem trabalhado para manter e expandir essa política de desburocratização para o maior número possível de municípios, contando com o apoio das prefeituras, para que esses resultados não parem de nos surpreender positivamente, finalizou o presidente da JUCEG, Euclides Barbo Siqueira.

Apoio Sebrae Goiás

O Sebrae Goiás tem desempenhado um papel fundamental nesse cenário, por meio de um portfólio variado, que engloba programas e iniciativas que apoiam os pequenos negócios, contribuindo para que o desenvolvimento de mercado seja favorável. A instituição também oferece suporte em áreas cruciais como gestão financeira, planejamento empresarial e estratégias de mercado.

Temos programas de incentivo à inovação, ao empreendedorismo digital, à eficiência energética e à produtividade, entre muitos outros que apoiam o empreendedor com conhecimento para caminhar no ritmo do mercado, sem perder a competitividade e tornando os pequenos negócios mais produtivos, analisa o diretor superintendente da instituição, Antônio Carlos de Souza Lima Neto.

Novos Empreendedores

A empreendedora Laura Biottulfe faz parte do grupo de empreendedores que entraram no mundo dos negócios em 2024. A empresária conta que precisou conciliar a rotina profissional com a maternidade e viu no empreendedorismo uma forma de voltar ao mercado de trabalho. Foi assim que a Mammy Dream, uma marca de roupas para mães e gestantes, foi lançada.

Eu e meu esposo somos advogados, e temos um escritório juntos, mas eu me dediquei exclusivamente à maternidade por mais de três anos, e senti a necessidade de voltar a trabalhar, mas sem abrir mão de cuidar dos meus filhos, explicou Laura.

Laura Biottulfe – Empreendedora. Foto: Acervo pessoal

A inspiração para lançamento da marca veio da própria experiência, já que Laura é mãe de dois filhos e durante o processo de amamentação das crianças sentia falta de roupas confortáveis que oferecessem liberdade e conforto.

O diferencial da Mammy Dream está na aproximação com o público, já que a idealizadora oferece a outras mulheres versatilidade e elegância sem renunciar ao conforto que precisam para encarar a fase da gestação e amamentação.

Outro exemplo de empreendedor que alçou voo em 2024 é o João Henrique de Oliveira. Ele conta que mesmo sem ter influência familiar, desde a adolescência se dedicou a pequenos empreendimentos.

Sempre tive apoio da minha família para empreender, mas nunca foi algo próximo de mim. Fui criado pela minha mãe e a minha avó e elas são professoras. Mas, eu sempre gostei dessa ideia. Comecei fazendo bombons para vender na escola. Dava muito certo. Eu conseguia um lucro extra que dava para comprar as coisas que eu gostava e isso me deixava feliz, explicou o João.
João Henrique – Empreendedor. Foto: Acervo Pessoal

O gosto musical, especialmente pelo universo do Hip Hop, fez com que João lançasse uma marca de roupas aos 16 anos de idade.

Sempre fui muito ligado à música, e achava muito legal a forma com que as pessoas se vestiam. Mas, as roupas desse universo de Hip Hop sempre foram muito caras. A ostentação por marcas de luxo fez com que eu brilhasse os olhos de alguma forma. Então, aos 16 anos, eu criei a minha primeira marca de roupa. Na época eu não tinha maturidade e nem verba para fazer ela girar e acabei deixando esse projeto na geladeira, explicou o empreendedor.

Apesar de alguns tropeços em empreendimentos anteriores, João ressalta que sentia a necessidade de ter o próprio negócio para conseguir atingir seus objetivos. Ingressou na faculdade de Moda aos 17 anos e aos 19 começou trabalhar em um e-comerce, onde descobriu o potencial do comércio online.

Em 2023, participou de três concursos no segmento de moda. Foi semifinalista do Pierre Cardin, em São Paulo. Foi campeão regional e nacional da Campus Party Fashion Tech e campeão do Amarê Fashion, em Goiás. Isso fez com que o jovem superasse a autossabotagem e revivesse a marca que criou aos 16 anos.

Eu fui convidado pelo Sebrae para uma mentoria de empreendedorismo de moda e decidi que é isso que eu quero fazer. Abri meu CNPJ em abril desse ano e estou reestruturando a marca para fazer o lançamento no mês de julho. Acredito que não existe mercado saturado. O bom empreendedor não precisa ser exclusivo. A criatividade é o que faz ter mercado para todos, finaliza João Henrique.

Para Laura Biottulfe, João Henrique e outros quase 14 mil empreendedores, a expectativa é que 2024 termine com um novo salto e, quem sabe, um novo recorde já que os resultados indicam um cenário positivo para o empreendedorismo em Goiás.

Confira quantas empresas foram abertas em Goiás, em 2024:

Janeiro – 3.243 novas empresas
Fevereiro – 3.321 (+2,4% em relação ao mês anterior)
Março – 3.347 (+0,8% em relação ao mês anterior)
Abril – 3.596 ( +38% em relação a abril de 2023)
Os dados são da Junta Comercial de Goiás (JUCEG).

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