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Um filme carregado de sentimentos e lembranças do passado. A nova produção do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, do inglês Marvel Cinematic Universe) estreou em 4 de maio de 2023 no Brasil. Esse lançamento encerra a trilogia de James Gunn, diretor e roteirista, que após alguns escândalos em 2018 foi demitido da Marvel Studios, e sendo sua última produção Guardiões da Galáxia Vol.3. Entre escândalos e emoções James encerra sua passagem com esse grande título, que traz sentimentos do passado de volta e, uma equipe mais unida do que nunca na busca pela salvação do personagem Rocket. Que dessa vez será a principal história a ser contada.
O filme se passa em Lugar Nenhum, e dessa vez a franquia decidiu dar enfoque no passado do personagem Rocket Raccoon, dublado por Bradley Cooper, um guaxinim geneticamente modificado, com inteligência ímpar, estrategista e ótimo atirador, e que sempre traz situações e comentários irônicos durante suas participações. Rocket e seu grupo ainda estão se recuperando da perda após Vingadores: Ultimato, outro filme da franquia MCU, onde a equipe perde uma de suas integrantes, Gamora. O Senhor das Estrelas Peter Quill (Chris Pratt) em suas primeiras cenas parece triste e emocionalmente abalado pela perda, que logo muda isso, após o ataque de Adam Warlock (Will Poulter), um dos experimentos do Alto Evolucionário, para dar ação a toda trama. O novo vilão desta trama promove criações cruéis, tem uma obsessão por uma espécie “perfeita” ao seu entender, mostrando até em uma das cenas sua insatisfação com a terra e seus habitantes, criando assim a Contra-Terra, uma versão paralela do nosso mundo. Essa com habitantes criado por ele.
Atacados por Adam em Lugar Nenhum a aventura começa a ganhar emoção. Na tentativa de salvar o querido guaxinim integrante da equipe todos vão atrás do seu criador – Soberano – nesta busca implacável. Durante às 2h 29m de duração do filme o público fica apreensivo para saber se essa aventura dará certo ou não, e se Rocket sobreviverá. Durante toda a produção o sentimento de despedida toma conta dos personagens mas não só eles, o público a todo momento compartilha dessa emoção, sentimento esse que transborda no capítulo final de Guardiões da Galáxia Vol.3.
E se James Gunn continuasse na franquia, o futuro dos Guardiões no MCU seria diferente, já que a proposta de Guardiões da Galáxia Vol.1 seria uma trilogia. De forma muito consistente James consegue manter os telespectadores imersos na trama nos três filmes, mesmo trazendo novos personagens como a entrada de Mantis no segundo filme e que acaba tornando-se integrante da equipe.
Em especial o último filme da franquia apresenta-se com um visual rico em efeitos especiais, as viagens dentro do Cosmo são mostradas de forma primorosa. Nas cenas do Rocket com seus amigos, Lylla, Dentes e Chão, também vítimas de experimentos do Alto Evolucionário, apresenta um trabalho digital admirável. A conexão com o público é criada a todo momento, desde o início com a equipe fragilizada e seu líder Quill abalado, aos momentos de tensão em que todos buscam salvar Rocket. Nessa despedida dos super-heróis da galáxia com estilo e emoção, nos resta aguardar os próximos filmes do MCU, quem sabe alguns deles ainda apareçam e deixem sua marca de união, companheirismo e comédia.