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Para a chamada “geração Z”, pensar na adolescência nos anos 2000 é fazer uma viagem nostálgica no tempo e ficar com um gostinho de “quero de novo”, não é? Naquela época, o chamado “Fotolog” era o responsável por guardar os melhores registros das câmeras digitais. Por outro lado, o Orkut e o MSN eram a sensação para criar comunidades e assustar os amigos com o recurso “atenção”, que fazia a tela do computador vibrar e emitir um som espalhafatoso para o receptor. E claro, como esquecer dos famosos testes da revista “Capricho”? Ou das idas às locadoras para escolher um filme e ter uma tarde de cinema com a galera? A série “De Volta aos 15”, da Netflix, traz essas e diversas outras referências da época.
Estrelada por Maísa Silva e Camila Queiroz, o seriado nasceu de uma adaptação do livro com o mesmo nome, de Bruna Vieira, e foi lançado pela Netflix no dia 25 de fevereiro de 2022. De cara, conquistou o público não só pela memória afetiva que leva ao telespectador de volta aos anos 2000, mas também por abordar temas importantes e relevantes na sociedade, como a sexualidade, racismo e o bullying na adolescência. A série voltou a ser um dos assuntos mais comentados quando, recentemente, no dia 05 de julho, disponibilizou a segunda temporada para os assinantes da plataforma. Ainda no momento mais comentado nas redes sociais e com maior visibilidade sobre a produção, a terceira temporada foi anunciada na última segunda-feira (17/07), desta vez, na versão “De volta aos 18”.
A trama se passa ao redor da vida de Anita (Maísa Silva/Camila Queiroz), que ao fazer 30 anos de idade se vê em uma vida infeliz e cheia de responsabilidades que a idade a presenteia. Despretensiosamente, Anita descobre um jeito de viajar no tempo através de seu antigo perfil no famoso “floguinho”, e de uma hora para outra se encontra novamente cursando o ensino médio com 15 anos de idade. Com a chance de mudar sua vida através de suas escolhas e atitudes na adolescência, a personagem principal tenta fazer de tudo para mudar o seu destino aos 30 anos de idade. E é claro que, como um bom seriado teen, a personagem enfrenta diversos problemas no meio do caminho, interferindo não só na sua história, como também na história das pessoas que a cercam.
Na segunda fase da série, Anita descobre que não é a única que consegue viajar de volta para 2006, e conta com a ajuda de um amigo próximo, compartilhando os sonhos de um novo destino com o passar dos anos. Dessa vez, não está preocupada em mudar só a sua vida, mas se preocupa também em fazer com que o passado interfira no futuro de sua irmã Luíza (Amanda Azevedo/Mariana Rios). Na terceira fase do seriado, confirmado no início da semana, a personagem principal é surpreendida ao voltar em 2009, e não em 2006, como aconteceu das outras vezes. Agora, precisa lidar com sua versão aos 18 anos de idade.
Nessas idas e vindas, muita coisa acontece na vida da adolescente. A trama leve e descontraída, com o tom voltado para o humor, aborda os principais dilemas enfrentados na adolescência, que é o principal momento de descoberta do ser humano. Ao mesmo tempo, traz o gostinho de uma vida mais independente dos meios tecnológicos, anterior ao advento da internet. Dito isto, vale relembrar e aprender um pouquinho dessa época ‘rebelde’ de uma geração inteira, dessa vez, sem precisar das famosas locadoras.