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Gabriella Paiva

No último mês de julho pudemos presenciar uma enorme movimentação nas redes sociais em torno da estreia do filme da Barbie. A produção cinematográfica estreou no dia 20 e já conta com mais de 1 bilhão em bilheteria ao redor do mundo. Margot Robbie dá vida à boneca nas telas e Ryan Gosling interpreta seu parceiro, Ken.

Em meio à onda rosa que paralisou as mídias, pôde-se notar tanto opiniões positivas quanto negativas dos internautas. Mas a pergunta que não quer calar é: a crítica é apenas ao filme da Barbie ou há um machismo enraizado?

Esses são alguns dos comentários no post feito pelo @instacinefilos, que além de prestigiar a produção Barbie, também prestigia o fato de ser uma produção feminina. 

“Achei o filme muito bom e engraçado, mas a mensagem que ele passa que os homens são todos idiotas a serem combatidos e as mulheres são fadas sensatas é bem escrota”

“Um filme que o foco seriam as crianças, virou um filme pra militante e feminista, fugindo totalmente do público infantil, que a mesma tem como base, o filme veio só pra ‘lacrar’”

“Pura propaganda feminista”

“Esse povo tinha que ir é pra guerra da Ucrânia, ver como a vida é na realidade”

A crítica, entretanto, não se baseia apenas ao filme, mas à mensagem que transmite. Em sua narrativa, nota-se um padrão de militância que questiona o comportamento da sociedade que vivemos hoje, de uma sociedade que permite assédio, desigualdade salarial e uma vida indigna a mulher.

Na produção cinematográfica, Barbie luta, assim como nós mulheres lutamos todos os dias para sobrevivermos em uma vida que nos custa tanto. Seja mãe ou não, dona de casa ou não, estudante ou não, trans ou cis, preta ou branca, gorda ou magra, apenas por ser mulher.

Carol Moreira, cinéfila e apresentadora, e Fernanda Pineda, jornalista da cultura pop, fizeram um review de Barbie no Youtube, enfatizando principalmente sobre o filme mostrar como é ser menina, como é ser mulher. Críticas positivas como essa salientam a importância dessa produção para gerar um sentimento de identificação e de conforto.

Ao meu ver, o filme não é ruim, ou mal feito, nem mal atuado, muito menos mal escrito ou mal dirigido. As críticas negativas que lhe foram dirigidas partiram todas de uma construção machista enraizada socialmente. Claro, há gostos e gostos, não tiro o mérito disso. Assim como não gosto de assistir Toy Story, há quem não goste apenas por não gostar (mas no Brasil que vivemos, difícil dizer).

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