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Slaughter to Prevail é uma banda russa de deathcore, estilo musical que combina elementos do deathmetal e do hardcore punk. Formada em Ecaterimburgo, na Rússia, tem como integrantes o vocalista Alex Shikolai, conhecido como Alex Terrible, os guitarristas Jack Simmons e Dmitry Mamedov, o baixista Mike Petrov e o baterista Evgeny Novikov. O grupo musical debutou em 2015 com o EP intitulado Chapters of Misery, e com apenas dois álbuns de estúdio, Misery Sermon (2017) e Kostolom (2021), possui mais de 780 mil ouvintes mensais no Spotify.

O deathcore ficou conhecido por ser uma fusão de Death Metal com Hardcore, alguns casos até mesmo metalcore, eles combinaram elementos como, Breakdowns, seção da música em que a intensidade da música é reduzida, Blast Beats, padrão rítmico de bateria, Vocal Grown/Screaming, Drive F, o aspecto de “voz rasgada” e guitarras com baixa afinação.

A música Agony, do álbum mais recente, representa muito bem o gênero deathcore quando consideradas as características do estilo, seguindo a fórmula de agressividade. Liricamente, Agony fala sobre as confusões que compõem o processo de lidar com os próprios sentimentos e vontades perante as influências externas.

I want to know if you’ve touched the center of your own sorrow
(Quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza)
If you’ve been opened by life’s betrayals
(Se você foi aberto pelas traições da vida)
Or have become shriveled and closed from fear
(Ou se murcho e fechado pelo medo)
Of further pain, I want to know if you can sit with pain
(De mais dor, quero saber se você pode se sentar com dor)

To remember the limitations of being human
(Para lembrar as limitações de ser humano)

And each of us will have to go through the agony (2x)
(E cada um de nós terá que passar pela agonia)



Hell in us
(Inferno em nós)

Pode ser muito difícil para o ser humano reconhecer a natureza dos próprios sentimentos e enfrentá-los, visto a necessidade de encontrar o cerne de situações ou sensações que possam causar desagrado, agonia. A estabilidade dessa barreira sentimental fortalecida pelo medo de “tocar o centro da própria tristeza” é diretamente proporcional à instabilidade das emoções, e essa é uma situação canônica na vida humana, por isso “cada um de nós terá que passar pela agonia”. 

Não temos poder sobre o que acontece a nós, somente sobre como lidamos com esses acontecimentos, e Agony convida o ouvinte a refletir sobre esse aspecto. A intensidade que parte da análise lírica da música, combinada com os elementos do deathcore torna a experiência potente. O último verso da música, “Inferno em nós”, completa a experiência relacionando, metaforicamente, o ardor do sentimento de agonia com o fogo, capaz de consumir a integridade de um ambiente caso não seja controlado.

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