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O triathlon é um esporte muito famoso pela sua complexidade, afinal, são três modalidades diferentes em um curto período de tempo, demandando muito esforço físico e dedicação. A ordem das modalidades é natação, pedal e corrida, respectivamente, mudando apenas a quantidade de km de uma prova para outra. Por mais que seja um esporte elitista e que nem todo mundo tem conhecimento sobre, é uma modalidade que vem conquistando seu espaço e crescendo ao longo do tempo.

Foto: Reprodução / José Armando

Mesmo que seja um esporte o qual demanda um custo benefício alto, a sociedade se adaptou a ele de maneira que consiga praticá-lo sem gastar milhares de reais em equipamentos. Além dessa adaptação de equipamentos, o triathlon também dá a oportunidade para pessoas de todas as idades competirem, sendo seu diferencial dos outros esportes, desde crianças até os mais velhos, ampliando seu espaço e democratizando esse esporte. Existem categorias de todas as idades, incentivando a prática de tal esporte.

Desta forma, o atleta amador José Armando, de 51 anos, já participou de diversas provas de triathlon pelo Brasil, como por exemplo o Ironman, que são 3.8km de nado, 180 km de pedal e 42km de corrida. Ele conta como essa oportunidade ajuda no crescimento e incentivo ao esporte

 “O fato de termos atletas de todas as idades participando, proporciona uma divulgação cada vez mais ampla. Na minha opinião, quanto maior a idade do atleta, maior a repercussão, e consequentemente contribuição na divulgação do esporte. Mas não podemos esquecer dos atletas mais novos. Nas grandes provas de triathlon, onde todas as atenções estão voltadas para os atletas adultos, são também organizadas “competições” lúdicas para seus filhos. As distâncias são simbólicas, mas o grande objetivo é inserir o esporte na vida das crianças. Falar de incentivo ao esporte no Brasil é difícil. Todos os esforços e discursos estão voltados a resolver o ‘problema’ como a saúde da população; contudo, é preciso ter entendimento que se resolvermos as “causas” desses problemas, como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, dentre outros, estaremos reduzindo os custos com a saúde. Assim que mudarmos essa educação, estaremos atingindo todas as faixas etárias.”

Além disso, a torcida é um fator que muda a energia do local e da forma que os atletas se sentem durante a competição , assim, o José Armando afirma que ter a família presente é um fator que muda tudo

“A participação da população (torcida), família e todos da organização do evento é de extrema importância. O triatlo apesar de ser um esporte individual, é movido por essa força que recebemos. Só quem assiste, participa, vivencia sabe quanta energia boa circula nesse ambiente. Todos sentem as vibrações da superação de cada atleta, não importa se chegou em primeiro ou em último, e sim o que cada atleta se dedicou com treinamentos, se abdicou de horas com família, amigos, para estar ali, concluindo o que cada um se programou. Ao final, todos estão de parabéns, todos são vencedores e merecem nosso reconhecimento; e sermos recepcionados com uma narração vibrante são momentos que ficam eternizados na memória.”
COEUR D’ALENE, IDAHO IRONMAN (Photo by Harry How/Getty Images for IRONMAN)

O esporte visto de cima! William Bonder conta como é narrar o triathlon

Já no papel da tecnologia e informação, a mídia tem como papel preponderante tanto na divulgação do esporte como no incentivo. É essencial nas competições. É muito comum em tese um narrador nas competições, trazendo uma emoção a mais tanto para os atletas quanto para quem está de fora. Visto isso, o locutor da rádio Jovem Pan Brasília e apresentador esportivo oficial do Ironman Brasil fez uma entrevista sobre esse apoio que suas narrações dão.

 “O que eu acho mais vibrante e que a torcida mais se envolve é na corrida, que geralmente a corrida, as pessoas conseguem acompanhar todo o trajeto ali, então vc consegue colocar um pouco mais de empolgação e um pouco mais de informação e vibrar com a torcida, e fica mais gostoso ali o evento.”
Foto: Reprodução / Instagram (williambonder)

O narrador ainda comentou sobre como a mídia atua em cima de tais competições e como ela deveria melhorar

“Eu acho que a mídia é muito fraca ainda, por exemplo teve em Brasília uma etapa do mundial, onde reuniu cerca de 30 países, com vagas pros jogos olímpicos de Londres no ano que vem e não teve nenhuma cobertura das grandes mídias, apenas as mídias dos triathlon, mas de rede aberta, de tv e de rádio, não teve nenhuma. Eu acho assim, quando a gente tem um campeão, eles querem divulgar, agora quando eles têm a oportunidade de mostrar o trabalho dele, como acontece a mídia é  muito fraca. Acredito que a mídia ainda está focada nos esportes mais tradicionais como futebol, vôlei, mas o triathlon mesmo ainda falta muita divulgação.”

Visto isso, mesmo sendo um esporte olimpico ainda falta muito reconhecimento para ele ter o valor que merece, tanto nas midias quanto com as pessoas em si. Afinal, diante de todo o apoio que o futebol e outros esportes comuns recebe, o triathlon por ser um esporte totalmente fora da curva e que exige muito esforço físico deveria receber tal atenção também. O incentivo ao esporte não só é bom para a saúde como muda vidas, o esporte nunca será apenas um esporte.

Tanto para atletas amadores quanto profissionais, o incentivo e essa luta por um espaço na sociedade é imprescindível, como afirma o Armando, o apoio de família e de amigos muda tudo, assim como a emoção na voz do narrador que está acompanhando a competição. William Bonder é muito conhecido por trazer energia e demonstrar sua emoção na sua fala, contagiando a todos que estão escutando.

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