Música no Câmpus: O palco que promove a diversidade

Projeto de extensão e cultura da UFG, promove acesso à cultura com grandes shows de artistas brasileiros no câmpus
jan 11, 2024 , , ,
Tempo de leitura: 5 min
BRIANA SILVA
Performance musical da Ana Cañas no Música no Campus. (Reprodução Instagram: @musicanocampusufg)

O Música no Câmpus é um projeto de Extensão e Cultura criado em 2009 pela Coordenação Geral de Cultura da Universidade Federal de Goiás (UFG), que agora é a Direção de Cultura, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da mesma instituição. Idealizado pela professora Flávia Cruvinel, o projeto consolidou-se ao longo dos anos como uma iniciativa que transcende os limites da academia, alcançando diversos públicos e contribuindo pela diversidade e democratização do acesso à cultura.

O evento musical ocorre anualmente em diferentes datas do ano, sendo realizado no Centro de Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, localizado no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. Ao longo dos seus 13 anos de existência, o Música no Câmpus tem se destacado por promover uma série de atividades artísticas, incluindo shows, concertos, saraus e outras ações culturais relacionadas à música. Este feito, resulta em um total de mais de 40 apresentações já realizadas, evidenciando a rica contribuição do projeto para o cenário cultural local.

Através do palco do Centro de Eventos da UFG, renomados artistas da música brasileira, como Lenine, Elba Ramalho, Gal Costa, Arnaldo Antunes e outros, já se apresentaram. No ano de 2023, a temporada do evento Música no Câmpus abrangeu três gêneros distintos, proporcionando ao público goiano momentos de alegria em apresentações com artistas como Majur, Diogo Nogueira e Ana Cañas acompanhada da participação especial da Orquestra Filarmônica de Goiás. Essa iniciativa de promover a diversidade musical desempenha um papel significativo no enriquecimento sociocultural da universidade e de toda Goiânia. Desse modo, a cidade inteira se beneficia com a realização de shows a preços acessíveis, ampliando o acesso à cultura. 

Luana Cássia Miranda Ribeiro, Pró-Reitora de Extensão e Cultura (PROEC) da Universidade Federal de Goiás, destaca a importância da UFG abrir as portas da universidade promovendo a diversidade cultural.

Quando eu assumi a Proec já existiam alguns projetos que são da universidade, tanto de extensão quanto de cultura e alguns novos que nós criamos nessa gestão. O Música no Câmpus é um dos nossos grandes projetos que já tem mais de 10 anos. Então ele nasce para abrir as portas da universidade porque esse é o grande motim da extensão e da cultura. É a gente fazer isso para dentro, pegar o que nós temos de melhor e enviar para fora. É aberto para toda a sociedade, e é claro que os nossos discentes, todos os nossos servidores participam, mas a ideia realmente é de nós abrirmos as portas porque ele é feito aqui no Centro de Cultura e Eventos da UFG”, pontua Luana Ribeiro.

Sobre a escolha da grade de artistas em cada temporada, a Pró-Reitora de Extensão e Cultura ressalta a importância de promover a pluralidade no evento.

“O Música no Câmpus tem uma curadoria. A professora Flávia Cruvinel, por exemplo, é professora da área de Música, ela é professora da Emac [Escola de Música e Artes Cênicas]. Então, é feita uma junção e uma curadoria pensando na Universidade. E quando eu falo pensar na Universidade, é para representar a diversidade. A ideia é ter homens, mulheres, trans, negros, todo mundo que representa a musicalidade, a diversidade dessa arte do nosso país”, cita a entrevistada. 

Em 2020, ano pandêmico da COVID-19, não houve a execução do projeto. Em 2021, a execução do projeto foi adaptada com o intuito de promover a cultura de forma remota. 

Nesse momento da pandemia, as pessoas precisavam muito de ter a oportunidade, porque todo mundo foi para casa, ninguém estava preparado, ninguém estava esperando. A ideia foi realmente que a gente oportunizasse para as pessoas, mesmo nas suas residências e não podendo aglomerar, o acesso a músicas de extrema qualidade. A ideia de mantê-lo na pandemia foi promover a cultura da forma que podia na época, que foi remotamente [sic]. Temos vídeos dessa temporada, eles ficaram salvos e as pessoas se divertiram, teve uma grandíssima participação mesmo remotamente, porque foram shows importantes”, afirma a Pró-Reitora de Extensão e Cultura. 

De acordo com Luana Ribeiro, essa é a primeira vez que o Projeto Música no Câmpus conta com financiamento e apoio de órgãos privados e públicos como a Equatorial e a Secult (Secretaria de Cultura do Estado de Goiás).

Hoje ele é aprovado na Lei Goyazes, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado, e ele tem como patrocinador a Equatorial. Esse ano ele, inclusive, é aprovado com financiamento público. Mas ele já tem uma história longa com diversas pessoas que já passaram aqui na nossa universidade, de todos os gêneros da música, que esse é o objetivo”, conclui a entrevistada.

O Centro de Eventos da UFG, não foi apenas palco de encontros memoráveis, mas também serviu como palco potencializador de causas sociais. Sob a campanha de meia-entrada solidária, o público que marcou presença na edição passada, teve a oportunidade não apenas de desfrutar de grandes shows, mas também de fazer contribuições significativas por meio de doações.

De acordo com informações divulgadas pela PROEC nas redes sociais do projeto, na última edição do Música no Campus do ano, foram arrecadados 820 pacotes de absorvente íntimo, através da campanha pela dignidade menstrual. Além disso, nos dois primeiros shows do ano, protagonizados por Majur e Diogo Nogueira, as entradas também foram validadas por meio de uma campanha de ingresso solidário, incentivando a doação de 2 litros de leite no dia do evento.

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