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A Rádio Universitária 870 AM é uma estação de rádio da UFG, está no ar desde os anos 1960 e, durante esse tempo, vem dando espaço para que os estudantes pudessem falar sobre os assuntos mais diversificados em seus laboratórios
Nos últimos anos, vem sendo discutida a proposta da Rádio Universitária 870 AM de mudar sua frequência de AM para FM, no intuito de melhorar o alcance e qualidade dos programas transmitidos pela emissora. Essa mudança, que entusiasmava os estudantes de comunicação, agora está mais próxima do que nunca, porém, chega de forma dolorosa e complicada para esses alunos.
A coordenadora geral do Centro Acadêmico de Jornalismo (CAJ), Teresa Prado, afirma que, em reunião com a diretora da rádio, Márcia Boarati e o coordenador da FIC, Daniel Christino, a mudança foi justificada como uma forma de “melhoria na competitividade” da emissora, que decide que, a partir de janeiro de 2023, serão retiradas da grade de produção dos laboratórios de rádio programas como Doutores da bola, Estação esportiva, Goiacast e o Matéria-prima. Dessa forma, os estudantes usariam o espaço físico da rádio para dar vida a essas produções, porém nenhuma delas seria transmitida na nova frequência.
A ideia de tornar a rádio um produto de mercado, fechando parceria com a EBC ( Empresa Brasil de Comunicação) e retransmitido os programas da emissora no lugar dos laboratórios da Universidade, deixa de contemplar os alunos em um momento de avanço tão significativo para a emissora.
Os estudantes de Jornalismo, através do CAJ – Consuelo Nasser entendem que a rádio universitária não deve servir a fins de competitividade mercadológica pelo fato concreto de não ser esse o objetivo primário do projeto.
Pedro Paulo, estudante de Jornalismo e monitor do programa Doutores da bola, declara que só na
área de esportes da rádio, são pelo menos 40 alunos envolvidos no laboratório e cerca de 30 no Matéria-prima. Permitir que esse espaço seja usado para qualquer coisa que não seja o desenvolvimento profissional desses estudantes é no mínimo desleal.
